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sexta-feira, 11 de junho de 2010

A volta

Foi durante a limpeza do quintal. O pai, Bruce, juntava as folhas como ancinho, recolhia os galhos quebrados pelo furacão da véspera. Então, olhou para o filho e teve um impulso de abraçá-lo. Ele o levantou, o beijou e lhe disse como se sentia feliz em tê-locomo filho. A resposta do menino de apenas 4 anos o desconcertou: Foi por isso que escolhi você. Eu sabia que você seria um bompapai. Bruce ficou atônito e pediu que o menino repetisse o que dissera. É isso: quando encontrei você e mamãe, tive certeza que vocêseria bom para mim. Aquilo estava ficando intrigante. Como assim nos encontrar? Onde você nos encontrou? No Havaí. O pai sorriu e esclareceu que os três tinham estado no Havaí no anoanterior. Mas o garoto replicou: Não foi quando todos fomos ao Havaí. Foi quando você foi sozinhocom mamãe. E continuou, acrescentando detalhes: Encontrei vocês no grande hotel cor-de-rosa. Vocês estavam napraia, de noite, jantando. Realmente, Bruce e a esposa tinham estado no Havaí em 1997, paracomemorar seu quinto aniversário de casamento. Tinham se hospedado num hotel de cor rosa, na praia de Waikiki. Etinham jantado ao luar, na praia, na última noite de sua estada. Cinco semanas depois, a esposa descobrira estar grávida. O filho descrevera tudo com perfeição. Como poderia saber? Aquele não era um assunto que os paiscomentassem, não com aqueles detalhes. * * * O fato não é isolado e acontece com muitas crianças quesurpreendem os pais com informações de um tempo que antecede o seunascimento. Não é raro, o garotinho olhar para a mãe e dizer: Quando eu eragrande, carreguei você no colo. Quando eu morava na outra casa, eu tinha muitas joias. E um carromuito bonito. Eu sempre viajava nele porque ele era confortável egrande. Ou a menina olha o álbum de fotografias antigas e, de repente,apontando para uma foto de sua avó, ou bisavó ou tia-avó, exclama: Olha eu aqui! Nossa, eu era bonita, né? Tais discursos partem de pirralhos, de crianças pequenas, de formaespontânea. E, da mesma forma que assim se expressam, deixando boquiabertos osque os ouvem, retornam aos interesses da idade e às falas própriasda infância. É como se um flash acendesse na memória, detonando uma lembrança,que é expressa com espontaneidade. Tais fatos confirmam o que ensina a Doutrina Espírita. Vivemosmuitas vezes. E escolhemos nossos pais, antes de renascer, por questões afetivas,de aprendizado ou alguma necessidade específica. Pais e filhos não somos Espíritos estranhos uns aos outros. Somosviajores do tempo, através das muitas vidas, no rumo do grande bem. Redação do Momento Espírita, com base em dados colhidos no livro A volta, de Bruce e Andréa Leininger com Ken Gross, ed. Best Seller.

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