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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tempo dos filhos

Tempo dos filhos

As tendências da atualidade falam de qualidade, quando se discute a
questão de educação de filhos e tempo que os pais dedicam a eles.

Em verdade, toda vez que o assunto tempo é tratado, as primeiras
frases que brotam ligeiras das bocas das pessoas é: Não tenho
tempo. A vida é muito corrida. A profissão me exige muito.

Face a tais posicionamentos, natural que o que se sacrifique seja
sempre o tempo com a família.

Afinal, a profissão é importante porque tanto realiza o ser quanto
lhe permite angariar os recursos para o conforto e as necessidades. O
estudo é importante porque permite o progresso da criatura, tanto
quanto é exigido para o aprimoramento técnico.

Dessa forma, resta somente sacrificar o tempo dedicado aos
familiares.

Assim, os filhos crescem sem que percebamos. Possivelmente,
começaremos a notar que os anos passaram quando o filho chegar em
casa com a namorada pela mão para nos apresentá-la.

Como é possível? Ainda ontem usava fraldas e hoje já namora.

Sim, o tempo parece correr. Os anos se somam. O tempo da infância se
vai. Os filhos crescem.

Mas, alguns pais dizem que o importante não é o quanto de horas
permanecemos ao lado dos filhos, mas a qualidade, isto é, o que
fazemos quando estamos com eles.

Face a isso, acreditam que sair no final de semana para um passeio,
um almoço familiar, férias em conjunto sejam suficientes para
suprir a necessidade que têm os pequenos da presença dos pais.

Mas, o filho precisa sentir-se protegido, amparado. Precisa ter a
certeza de que encontrará um ombro amigo, um colo materno, um pai
atencioso para ouvi-lo, quando as dificuldades se apresentarem.

Quando ele se sentir humilhado porque apanhou na escola, quando ele
se sentir derrotado porque perdeu o jogo de futebol, quando ele se
sentir preterido por não ter sido aprovado para atuar na peça
teatral.

Ele precisa ter tempo para contar as suas amarguras e ser ouvido. Ele
precisa de pai e de mãe que o abracem após as horas intermináveis
de estudo às vésperas das provas.

Ele precisa de pai e de mãe que o incentivem a prosseguir, mesmo
quando ele esteja indo mal em uma ou outra matéria.

Ele precisa de pais que estudem com ele, sofram com ele, estejam com
ele.

Como se vê, o que conta não é somente qualidade do que se faz
quando se está com os filhos, mas quantidade também.

Vale meditar sobre tudo isso e iniciar um esforço para estarmos mais
perto, por mais tempo, dos nossos pequenos.

* * *

Cada criança carrega dentro de si um projeto de luz que nós devemos
auxiliar a concretizar.

A criança de agora nos fala da nossa situação amanhã.

Cuidemos dela, estejamos com ela, sabendo lhe dar o espaço para que
cresça, saudável e feliz, segura e tranquila, embalada pelas nossas
orientações amorosas.

Cada criança é um Espírito imortal em recomeço no mundo.
Estejamos com nossos filhos, auxiliando-os a escalar os degraus do
progresso.

Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais

colhidos no cap. 11, do livro Vereda familiar, pelo Espírito

Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

Em 21.06.2010

Louvar a Deus

Eloim, Yaveh, Jeová, Alá. Força suprema, energia maior, Deus. Não
importa como O denominemos, o sentimento de Deus é inerente à
criatura humana.

Em todos os povos e culturas não se encontrará um sequer onde a
crença em uma força maior inexista.

Houve povos que conceberam Deus como muitos deuses. Confundiram as
obras da Criação e seus fenômenos com o próprio Criador,
denominando-O por diversos nomes.

Outros tantos humanizaram Deus, transferindo-Lhe nossas paixões e
desejos, criando deuses ciumentos, cheios de cobiças, enfim, com
todas as falhas humanas.

Há outros que, apesar de crerem em um Deus único, o veem como
perseguidor, ou como o Deus vingança, o Deus que fica à espreita,
esperando nossos erros para, logo em seguida, imputar suas pesadas
penas.

Alguns, entendendo a mensagem de Jesus, passam a vê-Lo como Pai,
protetor e soberanamente bom e justo.

Nas mais diferentes culturas, as mais diferentes visões de Deus.
Porém, sem exceção, a preocupação do relacionar-se e do louvar a
Deus sempre se mostrou presente.

Porém, há que se perguntar: Qual a melhor maneira de se louvar a
Deus? Como devo eu louvar a Deus? Devo mesmo fazê-lo?

O sentimento de louvor a Deus nasce naturalmente na intimidade da
criatura, quando percebe a grandiosidade do Criador.

Toda vez que olhamos o milagre da vida se desenvolvendo no ventre
materno e nos emocionamos, estamos louvando a Deus.

Se somos capazes de parar o carro, na beira da estrada, somente para
admirar um trigal a esparramar-se com as carícias do vento, será
esse um louvor a Deus.

O arco-íris que nos faz parar um momento, na correria dos nossos
afazeres para admirá-lo, um jardim florido que nos enternece a alma,
o cheiro de chuva que nos faz refletir a respeito da sabedoria da
natureza, são momentos de louvor ao Criador.

Mas é necessário que nosso louvor se estenda além do momento de
enternecimento e admiração. Deve ampliar-se no sentimento de
respeito ao autor da vida e às Suas obras.

Assim estaremos louvando a Deus quando respeitarmos as obras da
Criação, não poluindo rios e mares, não destruindo animais e
plantas.

Louvaremos a Deus, olhando nosso próximo como irmão e assim o
tratando, trocando o olhar de indiferença, com que muitas vezes
cruzamos a multidão, por um olhar de ternura e apreço.

Embora tantos pensem no louvar a Deus como algo etéreo ou místico,
algo interno ou metafísico, o louvar a Deus pode estar nas ações
mais simples do nosso cotidiano.

Quando nossa mente, mergulhada na grandiosidade do amor de Deus,
conseguir percebê-Lo nas pequenas ações de cada dia, louvar a Deus
será sentimento companheiro de nossas almas.

Redação do Momento Espírita.

Em 18.06.2010.

História de uma vida

Tudo começou quando um dia, em minha mãe, num local bem protegido
chamado trompa, dois elementos se encontraram: um de minha mãe, o
óvulo, e outro de meu pai, o espermatozoide. Como dois apaixonados
se aproximaram e se abraçaram tornando-se uma pequenina gota
d'água.

Esse foi o dia mais feliz de minha existência. Recomeçava para mim
a oportunidade do retorno à carne, depois de passar um largo tempo
no mundo espiritual.

Deram-me o nome de ovo. Eu era muito pequenino, muito menor do que um
grão de areia. Iniciei então, uma longa viagem. Empurrado para
diante por algo semelhante a cílios, que desenvolviam movimentos
delicados como os do mar quando beija docemente a praia, indo e
vindo, cheguei enfim a um lugar chamado útero.

Era um lugar macio, quentinho e logo notei não correr perigo. Sem
muito esperar, fui me aninhando, agarrando-me firmemente em uma das
paredes. Já contava com três dias de vida.

Aos poucos fui me cobrindo com uma membrana daquela mesma parede. Aos
9 dias de vida, minha forma era a de um disco e tinha meio milímetro
de diâmetro. Fui crescendo e aos 12 dias de vida já tinha o dobro
do tamanho: um milímetro.

Recebi o nome de embrião. Comodamente instalado, fui formando uma
almofada que se chamava placenta, para que melhor me pudesse
alimentar, retirando do organismo de minha mãe tudo o de que
precisava.

Já estava com quase um mês. A expectativa de minha existência era
muito grande. A ansiedade de minha mãe se transformou em pura
alegria quando os testes deram positivo. Agora era meu pai a querer
saber se eu seria menino ou menina, louro ou morena, de olhos
castanhos ou azuis.

Quando ele perguntou: Como será ele? - fui logo respondendo: Tenho
forma da letra C, e pareço com um cavalo-marinho. Tenho um
centímetro de tamanho.

Não sei se me ouviram mas o que sei é que redobraram cuidados e
recomendações.

Aos dois meses, meu corpinho estava mais reto, minha boca mais
formada, meu nariz começava a aparecer, meus olhos estavam mais
desenvolvidos. Meu tamanho? Quatro centímetros. Meu peso? Cinco
gramas.

Aos três meses já tinha forma de gente... E o tempo foi passando.

Emoção mesmo foi no dia em que mamãe pôde ouvir o meu
coraçãozinho bater. Sentia como se fosse uma mensagem para ela. E
era mesmo. Era meu agradecimento por tudo o que ela fazia e pensava
por mim.

Ela esperava, papai aguardava e eu também. Como seria o nosso
reencontro?

Seis, sete, nove meses. O médico marcou o dia de minha chegada. O
meu enxovalzinho estava pronto e meu bercinho me aguardando. Última
semana de espera.

Hoje me apresentei para toda a família. Que alegria! Meu primeiro
dia de vida, nos braços de minha mãe.

* * *

Os filhos que nos chegam pelas vias da reencarnação são, quase
sempre, personalidades amigas com as quais já vivemos em outras
eras.

Chegam-nos, batendo à porta do coração, a solicitar entrada e
quando lhes permitimos o ingresso no seio da família, se enchem de
felicidade.

Podem ser comparados a aves pequenas que retornam ao ninho, após
exaustivas andanças por outras terras, à procura de carinho,
ternura e abrigo.

Fiquemos atentos e jamais fechemos as portas do nosso amor a esses
pássaros implumes que nos buscam desejando oportunidade para
retornar à vida física.

Redação do Momento Espírita, com base em texto de

Apostila do Grupo de gestantes da União das

Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, 1995.

Disponível no livro Momento Espírita vol 1, ed.Fep.

Em 17.06.2010.