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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Amor conjugal

O grande rei dos persas, Ciro, durante uma de suas campanhasguerreiras, dominou o exército da Líbia e aprisionou um príncipe. Levado à presença do conquistador ajoelhou-se perante ele opríncipe, e assim também os seus filhos e sua esposa. Os soldadosvencedores, os generais da batalha, ministros e toda uma corte sejuntou para tomar conhecimento da sentença real. O rei persa coçou o queixo, olhou longamente para aquela família àsua frente, à espera de sua decisão e perguntou ao nobre pai defamília: Se eu te disser que te concederei a liberdade, o que poderias meoferecer em troca? Rapidamente respondeu o prisioneiro: Metade do meu reino. Ciro continuou, paciente, a interrogar: E se eu te oferecer a liberdade dos teus filhos, que me darás? Ainda rápido, tornou a responder: A outra metade do meu reino. Calmo, o conquistador lhe lançou a terceira pergunta: E o que me darás, então, em troca da vida de tua esposa? O príncipe sentiu o coração pulsar rapidamente no peito, parecendoarrebentar a musculatura. O sangue lhe subiu ao rosto, as pernasfraquejaram. Reconhecia que, no anseio da liberdade dos seus, tinha oferecidotudo, sem se recordar da companheira de tantos anos, sua esposa emãe dos seus filhos. Foi só um momento mas, para todos, pareceu uma eternidade. Umsussurro crescente tomou conta do ambiente, pois cada qual ficou aimaginar o que faria agora o vencido. Após aquele momento fugaz, ele tornou a erguer a cabeça e com vozfirme, clara, que ressoou em todo o salão, disse: Alteza, entrego a mim mesmo pela liberdade de minha esposa. O grande rei ficou surpreso com a resposta e decidiu conceder aliberdade para toda a família. De retorno para casa, o príncipe tomou da mão da esposa, beijou-acom carinho e lhe perguntou se ela havia observado como era serena ealtiva a fisionomia do monarca persa. Não, disse ela. Não observei. Durante todo o tempo os meus olhosficaram fixos naquele que estava disposto a dar a sua própria vidapela minha liberdade. * * * Para quem ama, não há limites na doação. Quando dois seres seamam verdadeiramente dão origem a outras vidas e as alimentam,enquanto eles mesmos um ao outro sustentam, na jornada dos dissaborese das lutas. O amor conjugal é, dentre as formas de amor, um dos exercícios doamor que requer respeito, paciência e dedicação. Solidifica-seatravés dos anos. E tanto mais se aprofunda quanto mais intensas sefazem as lutas e as conquistas de vitórias. Para os que se amam profundamente não há lutas impossíveis, nãoexistem batalhas que não possam ser vencidas. * * * Em todos os departamentos do Universo existe a mensagem do amor, queé o estágio mais elevado do sentimento. O homem somente atinge a plenitude quando ama. Enquanto procura seramado, sofre infância emocional. Por isso, o importante é amar, mesmo que não se receba a recíprocado ser amado. O que é essencial é amar, sem solicitação. Redação do Momento Espírita com base no conto Olhando só para ele, do livro Lendas do Céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Record e pensamentos finais do cap. 2 do livro Convites da vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 11.06.2010.

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