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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A mãe de Jesus

Ela crescera, tendo o Espírito alimentado pelas profecias de Israel.

Desde a meninice, quando acompanhava a mãe à fonte de água, para
apanhar o líquido precioso, ouvia os comentários.

Entre as mulheres, sempre que se falava a respeito, perguntavam-se
umas às outras, qual seria o momento e quem seria a felizarda, a
mãe do aguardado Messias.

Nas noites povoadas de sonhos, era visitada por Mensageiros que lhe
falavam de quefazeres que ela guardava na intimidade d’alma.

Então, naquela madrugada, quase manhã do princípio da primavera,
em Nazaré, uma voz a chamou: Miriam. Seu nome egípcio-hebraico,
significa querida de Deus.

Ela despertou. Que estranha claridade era aquela em seu quarto? Não
provinha da porta. Não era o sol, ainda envolto, àquela hora, no
manto da noite quieta.

De quem era aquela silhueta? Que homem era aquele que ousava adentrar
seu quarto?

Sou Gabriel, identifica-se, um dos Mensageiros de Yaweh. Venho
confirmar-te o que teu coração aguarda, de há muito.

Teu seio abrigará a glória de Israel. Conceberás e darás à luz
um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será
chamado filho do Altíssimo e o seu reino não terá fim.

Maria escuta. As palavras lhe chegam, repassadas de ternura e, pela
sua mente, transitam os dizeres proféticos.

Sente-se tão pequena para tão grande mister. Ser a mãe do Senhor.
Ela balbucia: Eis aqui a escrava do Senhor. Cumpra-se em mim segundo
a tua palavra.

O Mensageiro se vai e ela aguarda. O Evangelista Lucas lhe
registraria, anos mais tarde, o cântico de glória, denominado
Magnificat:

A minha alma glorifica o Senhor! E o meu Espírito exulta de alegria
em Deus, meu Salvador!

Porque, volvendo o olhar à baixeza da Terra, para a minha baixeza e
humildade atentou.

E eis, pois, que, desde agora, e por todos os tempos, todas as
gerações me chamarão bem-aventurada!

Porque me fez grandes coisas o Poderoso e santo é o seu nome!

E a sua misericórdia se estende de geração em geração, sobre os
que o temem. Com seu braço valoroso, destruiu os soberbos, no
pensamento de seus corações.

Depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens
os famintos e despediu vazios os ricos.

Cumpriu a palavra que deu a Abraão, recordando-se da promessa da sua
misericórdia!

Ela gerou um corpo para o ser mais perfeito que a Terra já recebeu.
Seus seios O alimentaram nos meses primeiros. Banhou-O, agasalhou-O,
segurou-O fortemente contra o peito mais de uma vez. E mais de uma
vez, deverá ter pensado:

Filho meu, ouve meu coração batendo junto ao teu. Dia chegará em
que não Te poderei furtar à sanha dos homens. Por ora, amado meu,
deixa-me guardar-Te e proteger-Te.

Ela Lhe acompanhou o crescimento. Viu-O iniciar o Seu período de
aprendizado com o pai, que lhe ensinou os versículos iniciais da
Torá, conforme as prescrições judaicas, embora guardasse a certeza
de que o menino já sabia de tudo aquilo.

Na Sinagoga, O viu destacar-Se entre os outros meninos, e assombrar
os doutores. O seu Jesus, seu Filho, seu Senhor. Angustiou-se mais de
uma vez, enquanto O contemplava a dormir. Que seria feito dEle?

Maria, mãe de Jesus. Mãe de todos nós. Mãe da Humanidade.
Agradecemos-te a dádiva que nos ofertaste e, ao ensejo do Natal, te
dizemos: Obrigado, mãe.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. A mãe de Jesus, do
livro Personagens da Boa Nova, de Maria Helena Marcon, ed. Fep.

Em 22.12.2010.

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