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segunda-feira, 15 de março de 2010

Julgamentos precipitados


Quantas vezes já aconteceu?

Um servidor dedicado, após anos de trabalho irrepreensível, comete
um deslize. Logo, todos os tantos anos de dedicação são
esquecidos.

Sobre ele recaem acusações, desconfianças.

Um amigo de infância, adolescência, juventude, alguém com o qual
rimos, choramos, confiamos, comete uma pequena falha.

Diz-nos um não. É o suficiente.

Anos de convivência são sepultados de um só golpe.

Um voluntário, que serve dedicada e perseverantemente meses, anos,
sempre sorridente, feliz, um dia, por algo que lhe ocorre e o
perturba, se exaspera, fala mais alto.

Logo, tudo que fez até então é esquecido e somente aquele gesto de
um momento de irreflexão é apontado, falado, julgado.

São retratos da vida. Ocorrem em muitos lugares.

E nos fazem recordar de uma história muito interessante.

A de um pai que desejava ensinar aos seus quatro filhos a respeito de
julgamentos.

Assim, a cada um enviou em uma estação diferente do ano a uma terra
distante para observar uma determinada árvore.

O primeiro filho chegou no inverno, o segundo na primavera, o
terceiro no verão e o quarto no outono.

O primeiro informou que a árvore era feia, além de seca e toda
distorcida.

O segundo disse que, ao contrário, a árvore estava carregada de
botões, cheia de promessas.

O outro filho contestou aos dois irmãos e afirmou que viu a árvore
coberta de flores. Que elas tinham um cheiro tão doce e eram tão
bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que
ele jamais havia visto.

Finalmente, o quarto filho falou que a árvore estava tão cheia de
frutas, tão carregada de vida, que chegava estar arqueada.

O pai, ponderado, explicou que todos estavam certos, no entanto, cada
um deles julgara a árvore exatamente pela época do ano em que a
haviam visto.

Na vida, continuou, também é assim. Quase sempre somos precipitados
nos julgamentos.

Para julgar com acerto, compete-nos observar com atenção, colher
informações detalhadas.

* * *

Dessa forma, não julguemos situações e pessoas por um momento
apenas.

Consideremos que todos passamos pelos dias desolados do inverno. Dias
de tristeza, de solidão, de problemas superlativos.

Nessa estação da vida, parecemos árvores de galhos retorcidos.

Contudo, quando a esperança faz morada na intimidade, carregamo-nos
de promessas, de botões prontos a explodirem em flores.

Então, acenamos com cores vibrantes, flores perfumadas, graciosas
que, logo mais, se transformarão em produção abundante de frutos.

Pensemos nisso e não façamos julgamentos precipitados de
situações, de pessoas, de companheiros, de amigos.

Verifiquemos, antes, em que estação do ano estagia a alma de quem
vamos julgar.

E, se descobrirmos que o inverno envolve aquela criatura, estendamos
a contribuição do sol da nossa amizade, o adubo do nosso auxílio,
a proteção do nosso carinho.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base 

no texto A pereira, de autoria desconhecida.

Em 15.03.2010.

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