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sábado, 20 de fevereiro de 2010

A voz e o silêncio

Aumenta volumosamente a balbúrdia no mundo. Não há respeito pelo silêncio. As pessoas perderam o tom de equilíbrio nas conversações, nosmomentos de júbilo, nas comunicações fraternais. Grita-se, quando se deveria falar, produzindo uma competição deruídos e de vozes que perturbam o discernimento e retiram a harmoniainterior. As músicas deixam, a pouco e pouco, de ser harmônicas para seapresentarem ruidosas, sem nenhum sentido estético, expressando osconflitos e as desordens emocionais dos seus autores. Cada qual, por isso mesmo, impõe o volume da sua voz, dos ruídos dolar, das comunicações e divertimentos através dos rádios e dastelevisões. Há um predomínio da violência em tudo, nos sentimentos, nasconversações, nas atividades do dia a dia. Há demasiado ruído no mundo, atormentando as criaturas.

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 A voz é instrumento delicado e de alta importância na existênciahumana. Sendo o único animal que consegue articular palavras, o ser humanodeve utilizar-se do aparelho fônico na condição de instrumentoprecioso, e de cujo uso dará contas à Consciência Cósmica que lheconcedeu admirável tesouro. Jesus, o Sublime Comunicador, cuja dúlcida voz inebriava de harmoniaas multidões, viveu cercado sempre pelas massas. Sofreu-as, compadeceu-Se delas, mas não Se deixou aturdir pela suainsânia e necessidade. Logo depois de as atender, recolhia-Se ao silêncio, fugindo dobulício, a fim de penetrar-Se mais pelo amor do Pai, renovando ossentimentos de misericórdia e de compreensão. Procedia dessa forma, a fim de que o cansaço, que surge nabalbúrdia, não lhe retirasse a ternura das palavras e das ações. * * * Necessitas, sim, de silêncio interior, para melhores reflexões eprogramações dignificantes em qualquer área do comportamento emque te encontres. Aprende a calar e a meditar, a harmonizar-te e a não perder aseriedade na multidão desarvorada e falante. Os grandes sábios do Cosmos sempre souberam silenciar. Silenciar em oração perante as necessidades do outro. Silenciar emrespeito ao sofrimento alheio. Silenciar em consideração às idéias divergentes. Silenciar avingança diante dos males recebidos. É no mundo do silêncio que construímos as palavras edificantes quesairão de nossa boca. É no mundo sem voz que elaboramos o canto que logo mais iráencantar ouvintes numa sala de concertos. É no mundo do silêncio que embalamos nossos amores, que pensamos emmelhorar, reformar e transformar. Assim, saibamos dosar o silêncio em nossas vidas, evitando que abalbúrdia e a loucura se instalem. Saibamos usar a voz com cuidado, a cada pronunciar de palavra, assimcomo o concertista o faz na interpretação de uma ópera. A música elevada, assim como a vida, é feita de som, mas também desilêncio. Redação do Momento Espírita com base no cap. Silêncio, do livro Jesus e vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 19.02.2010.

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