tag:blogger.com,1999:blog-41816954461375275282024-03-13T07:51:13.185-07:00Espaço Espirita Seguidor da federação espirita do Parana.http://www.momento.com.br
Entre e confira.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.comBlogger88125tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-41472912566755222062011-06-10T16:23:00.001-07:002011-06-10T16:23:27.498-07:00A missão da maternidade<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">O Bispo de La Serena, Chile, Dom Ramon Angel Jara, teve oportunidade<br />
de escrever um texto muito poético que diz:<br />
<br />
Uma simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um<br />
pouco de Deus.<br />
<br />
Pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo. Que, sendo<br />
moça, pensa como uma anciã e, sendo velha, age com as forças todas<br />
da juventude.<br />
<br />
Quando ignorante, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da<br />
vida.<br />
<br />
Quando sábia, assume a simplicidade das crianças. Pobre, sabe<br />
enriquecer-se com a felicidade dos que ama. Rica, sabe empobrecer-se<br />
para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos.<br />
<br />
Forte, estremece ao choro de uma criancinha. Fraca, se revela com a<br />
bravura dos leões.<br />
<br />
Viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores<br />
se apagam.<br />
<br />
Morta, tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de<br />
novo, e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus<br />
lábios.<br />
<br />
Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher, se não quiserem que<br />
ensope de lágrimas esse álbum. Porque eu a vi passar no meu caminho.<br />
<br />
Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página. Eles lhes<br />
cobrirão de beijos a fronte. Digam-lhes que um pobre viandante, em<br />
troca da suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o<br />
retrato de sua própria mãe.<br />
<br />
Na atualidade, a mulher assumiu muitos papéis. Lançou-se no mundo e<br />
se transformou na operária, juíza, cientista, professora, militar,<br />
policial, secretária, empresária, presidente, general e tudo o mais<br />
que, no passado, era privilégio do homem.<br />
<br />
A mulher se tornou em verdade uma super-mulher que, além dos<br />
afazeres domésticos, conquistou o seu espaço no mercado de<br />
trabalho.<br />
<br />
Naturalmente, não para competir com o homem, mas para somar com ele,<br />
pois dos esforços de ambos resulta o sustento e o bem-estar da<br />
família.<br />
<br />
A rainha do lar se transformou na mulher que atua e decide na<br />
sociedade.<br />
<br />
Das quatro paredes do lar para o palco do mundo. Contudo, essa mulher<br />
senadora, escriturária, deputada, médica, administradora de empresa<br />
não perdeu a ternura.<br />
<br />
Ela prossegue a acolher em seu ninho afetivo o esposo e os filhos.<br />
<br />
Equilibrada e consciente, ela brilha no mundo e norteia o lar. Embora<br />
interprete muitos papéis, ela não esqueceu do seu mais importante<br />
papel: o de ser mãe.<br />
<br />
* * *<br />
<br />
Dentre todas as mulheres que se projetaram no mundo, realizando<br />
grandes feitos, a nossa lembrança recua no tempo buscando uma mulher<br />
especial.<br />
<br />
A história não lhe registra grandes discursos, mas o Evangelho lhe<br />
aponta gestos e palavras que valem muito mais.<br />
<br />
Mãe de um filho que revolucionou a História, manteve-se firme na<br />
adversidade, na dor, exemplificando o que Ele ensinara.<br />
<br />
Não deixou testamento, riquezas ou haveres mas legou à Humanidade a<br />
excelente lição da mulher que gera o filho, alimenta-O e O entrega<br />
ao mundo para servir ao mundo.<br />
<br />
Seu nome era Maria... Maria de Nazaré.<br />
<br />
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Um poético e<br />
autêntico retrato de uma genitora – nossa homenagem à toda<br />
mulher-mãe, do jornal Correio fraterno do ABC, de maio de 2000 e no<br />
texto Retrato de mãe, de Dom Ramon Angel Jara, Bispo de La Serena,<br />
Chile, tradução de Guilherme de Almeida.<br />
<br />
Em 29.04.2011.</div>Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-49601223623269586102011-01-03T05:28:00.001-08:002011-01-03T05:28:52.768-08:00Senhor e MestreInigualável. Senhor das estrelas. Senhor dos Espíritos.<br />
<br />
Iniciou Sua jornada, na Terra, num berço de palha, improvisado por<br />
Seu pai.<br />
<br />
Fez-Se frágil, num corpo de criança, como todos os Seus irmãos, na<br />
Terra.<br />
<br />
Demonstrando o valor do amor, confiou-Se à guarda de uma mulher. Sua<br />
mãe.<br />
<br />
Em seu seio Se aninhou, alimentou-Se e recebeu carinho.<br />
<br />
Sábio dentre todos os sábios, obedecendo ao costume de Israel,<br />
aprendeu de Seu pai o ofício da carpintaria, moldando a madeira com<br />
Suas mãos abençoadas.<br />
<br />
Conhecedor da Lei, que Ele próprio viera ensinar, submeteu-Se à<br />
frequência à sinagoga local, como todos os meninos de Sua idade.<br />
<br />
Mais de uma vez, apresentou questões de alta filosofia e ciência,<br />
numa demonstração do quanto sabia, bem como desejando assinalar, de<br />
forma clara, que muito mais saber havia para ser aprendido, não sendo<br />
os homens os detentores de toda a sabedoria.<br />
<br />
Mestre o foi, sempre. Portador de entendimento pedagógico, como<br />
ninguém mais, conhecedor da alma das Suas ovelhas, lançou sementes<br />
aqui e acolá, de forma sutil, muito antes de iniciar o Seu<br />
Messianato.<br />
<br />
Quando o tempo se fez, deixou a casa simples de Nazaré, onde<br />
crescera, olhou os campos e as colinas, e buscou as estradas do<br />
mundo.<br />
<br />
A partir de então, condutor de um imenso rebanho de Espíritos, não<br />
teria uma pedra para repousar a cabeça.<br />
<br />
Onde passou, fez amigos, lecionando que o homem foi feito para viver<br />
em sociedade. E viver bem com todos.<br />
<br />
Granjeou amigos entre os pobres, os ricos, os doentes e os que<br />
esbanjavam saúde, moços e velhos.<br />
<br />
Não deixou de buscar ovelhas desgarradas em terras estranhas,<br />
distribuindo Suas bênçãos, em nome do amor que representava.<br />
<br />
Curou cegos, afirmando que é preciso ter olhos de ver.<br />
<br />
Libertou ouvidos do silêncio, conclamando que era preciso ter<br />
ouvidos de ouvir.<br />
<br />
Cada gesto, um ensino. Nada desperdiçado.<br />
<br />
Devolveu movimentos a paralisados, lucidez a perturbados. E o convite<br />
era de, dali em diante, o agraciado fazer o melhor, para conquistar<br />
felicidade.<br />
<br />
Não Se entristeceu por viver entre os homens. A nota melancólica<br />
que cantou foi somente pela dureza dos corações, pois prescrevia<br />
que a cada um seria dado segundo suas obras, antevendo as dores dos<br />
que semeavam espinhos em suas jornadas.<br />
<br />
Iniciou Sua missão abençoando, com Sua presença, a união de dois<br />
seres, na constituição de uma nova família.<br />
<br />
Como convidado, nos banquetes do mundo, serviu-Se das oportunidades<br />
para distribuir a Sua luz a todos os convivas.<br />
<br />
Entregou-Se, no momento oportuno, ao martírio, como um cordeiro ao<br />
sacrifício.<br />
<br />
Da mesma forma que o berço foi Lhe improvisado o túmulo, para o<br />
depósito do corpo, por um amigo conquistado para o Seu Reino.<br />
<br />
Apresentando-Se glorioso aos discípulos, após a morte, num atestado<br />
da Imortalidade, despediu-Se num dia de luz, na mesma Galileia onde<br />
entoara o mais belo canto que a Humanidade jamais ouvira.<br />
<br />
E nos aguarda, no Seu Reino de bênçãos, amando-nos ainda e sempre.<br />
<br />
Jesus, Mestre e Senhor. Caminho, Verdade e Vida.<br />
<br />
Sigamo-lO.<br />
<br />
Redação do Momento Espírita.<br />
<br />
Em 20.12.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-3268616358410344632011-01-03T05:19:00.001-08:002011-01-03T05:19:38.612-08:00Trégua de NatalEra noite de Natal de 1944. O menino e a mãe moravam em uma cabana<br />
na Alsácia, perto da fronteira Franco-alemã. O pai fora convocado<br />
para o Corpo de Bombeiros da Defesa Civil da cidade, que distava seis<br />
quilômetros.<br />
<br />
Enviar o filho e a esposa para a floresta lhe tinha parecido uma boa<br />
ideia. Acreditou que ambos estariam a salvo.<br />
<br />
Então, bateram à porta. A senhora foi abrir. Do lado de fora, como<br />
fantasmas contra as árvores cobertas de neve, estavam dois homens de<br />
capacetes de aço.<br />
<br />
Um deles falou em uma língua estranha. Apontou para um terceiro<br />
vulto que jazia na neve.<br />
<br />
Rapidamente, a mulher entendeu. Eram soldados americanos. Difícil<br />
dizer se eram amigos ou inimigos.<br />
<br />
Eles estavam armados e poderiam ter forçado a entrada. No entanto,<br />
estavam ali parados, suplicando com os olhos.<br />
<br />
Nenhum deles compreendia o alemão. Mas um deles entendia o francês.<br />
<br />
A um sinal da mulher, entraram na casa conduzindo o ferido. O filho<br />
foi buscar neve para esfregar nos pés azuis de frio de todos eles.<br />
<br />
O ferido estava com uma bala na coxa. Havia perdido muito sangue.<br />
<br />
Eram três meninos grandes, de barba crescida: Gary, Fred e Mell.<br />
<br />
Ema pediu ao filho que fosse buscar Schultz, o galo. Ela o estava<br />
guardando para quando o marido voltasse para casa. Talvez no Ano<br />
Novo. Mas agora Schultz serviria a um objetivo imediato e urgente.<br />
<br />
Dali a pouco o aroma tentador do galo assado invadia a sala.<br />
<br />
O menino punha a mesa quando bateram de novo à porta. Esperando<br />
encontrar mais americanos, depressa ele foi abrir.<br />
<br />
O sangue lhe gelou nas veias. Lá estavam quatro soldados usando<br />
fardas muito conhecidas, depois de cinco anos de guerra. Eram<br />
alemães.<br />
<br />
A pena por abrigar soldados inimigos era crime de alta traição. O<br />
garoto ficou parado, gélido, sem reação.<br />
<br />
Ema se aproximou. Com calma nascida do pânico, ela desejou Feliz<br />
Natal.<br />
<br />
Podemos entrar? - Perguntou o cabo alemão. Era o mais velho deles:<br />
23 anos. Os outros tinham somente 16 anos.<br />
<br />
Sim. - Falou Ema. E também poderão comer até esvaziar a panela.<br />
Mas temos três convidados que vocês poderão não considerar<br />
amigos.<br />
<br />
Hoje é dia de Natal e não vai haver tiroteio. Coloquem todas as<br />
armas sobre a pilha de lenha.<br />
<br />
Os quatro ficaram olhando para ela, indecisos.<br />
<br />
Nesta noite única, - ela continuou - nesta noite de Natal, vamos<br />
esquecer a matança. Afinal de contas, vocês todos poderiam ser meus<br />
filhos. Hoje à noite não há inimigos.<br />
<br />
Os soldados obedeceram. Entraram. <br />
<br />
Os americanos também entregaram as armas, que foram parar em cima da<br />
mesma pilha de lenha.<br />
<br />
Alemães e americanos se aglomeraram, tensos, na sala apertada.<br />
<br />
Sem deixar de sorrir, Ema providenciou lugar para todos se sentarem.<br />
<br />
Ela aumentou a ceia com aveia e batatas, um pão de centeio.<br />
<br />
Um dos alemães examinou o ferido. A calma foi substituindo a<br />
desconfiança.<br />
<br />
Com os olhos cheios de lágrimas, Ema pronunciou a oração: Senhor<br />
Jesus, Amigo e Mestre, sê nosso hóspede.<br />
<br />
Em volta da mesa, havia lágrimas também nos olhos cansados da luta<br />
daqueles soldados. Meninos outra vez, uns da América, outros da<br />
Alemanha, todos longe dos seus lares.<br />
<br />
No dia seguinte, eles tomaram das armas e cada grupo partiu para um<br />
rumo diferente, depois de terem se apertado as mãos em despedida.<br />
<br />
Então, Ema entrou. Abraçada ao filho, abriu o Evangelho e leu na<br />
página da história do Natal, o nascimento de Jesus, a chegada dos<br />
magos vindos de longe.<br />
<br />
Com o dedo ela acompanhou a última linha: ... E partiram para sua<br />
terra por outro caminho.<br />
<br />
* * *<br />
<br />
Estamos vivendo as vésperas do Natal de Jesus.<br />
<br />
Proponhamos nosso armistício particular. Isso mesmo. Pensemos em<br />
alguém com quem nos tenhamos desentendido, magoado, ferido.<br />
<br />
Agora é a hora de estender a mão, de perdoar, de abraçar.<br />
<br />
Em nome de um Menino que veio pregar a paz e o amor.<br />
<br />
Pensemos nisso! Mas pensemos agora!<br />
<br />
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Quatro horas, do<br />
livro Remotos cânticos de Belém, de Wallace Leal Rodrigues, ed. O<br />
clarim.<br />
<br />
Em 21.12.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-5091487733154475672011-01-03T05:18:00.001-08:002011-01-03T05:18:30.062-08:00A mãe de JesusEla crescera, tendo o Espírito alimentado pelas profecias de Israel.<br />
<br />
Desde a meninice, quando acompanhava a mãe à fonte de água, para<br />
apanhar o líquido precioso, ouvia os comentários.<br />
<br />
Entre as mulheres, sempre que se falava a respeito, perguntavam-se<br />
umas às outras, qual seria o momento e quem seria a felizarda, a<br />
mãe do aguardado Messias.<br />
<br />
Nas noites povoadas de sonhos, era visitada por Mensageiros que lhe<br />
falavam de quefazeres que ela guardava na intimidade d’alma.<br />
<br />
Então, naquela madrugada, quase manhã do princípio da primavera,<br />
em Nazaré, uma voz a chamou: Miriam. Seu nome egípcio-hebraico,<br />
significa querida de Deus.<br />
<br />
Ela despertou. Que estranha claridade era aquela em seu quarto? Não<br />
provinha da porta. Não era o sol, ainda envolto, àquela hora, no<br />
manto da noite quieta.<br />
<br />
De quem era aquela silhueta? Que homem era aquele que ousava adentrar<br />
seu quarto?<br />
<br />
Sou Gabriel, identifica-se, um dos Mensageiros de Yaweh. Venho<br />
confirmar-te o que teu coração aguarda, de há muito.<br />
<br />
Teu seio abrigará a glória de Israel. Conceberás e darás à luz<br />
um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será<br />
chamado filho do Altíssimo e o seu reino não terá fim.<br />
<br />
Maria escuta. As palavras lhe chegam, repassadas de ternura e, pela<br />
sua mente, transitam os dizeres proféticos.<br />
<br />
Sente-se tão pequena para tão grande mister. Ser a mãe do Senhor.<br />
Ela balbucia: Eis aqui a escrava do Senhor. Cumpra-se em mim segundo<br />
a tua palavra.<br />
<br />
O Mensageiro se vai e ela aguarda. O Evangelista Lucas lhe<br />
registraria, anos mais tarde, o cântico de glória, denominado<br />
Magnificat:<br />
<br />
A minha alma glorifica o Senhor! E o meu Espírito exulta de alegria<br />
em Deus, meu Salvador!<br />
<br />
Porque, volvendo o olhar à baixeza da Terra, para a minha baixeza e<br />
humildade atentou.<br />
<br />
E eis, pois, que, desde agora, e por todos os tempos, todas as<br />
gerações me chamarão bem-aventurada!<br />
<br />
Porque me fez grandes coisas o Poderoso e santo é o seu nome!<br />
<br />
E a sua misericórdia se estende de geração em geração, sobre os<br />
que o temem. Com seu braço valoroso, destruiu os soberbos, no<br />
pensamento de seus corações.<br />
<br />
Depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens<br />
os famintos e despediu vazios os ricos.<br />
<br />
Cumpriu a palavra que deu a Abraão, recordando-se da promessa da sua<br />
misericórdia!<br />
<br />
Ela gerou um corpo para o ser mais perfeito que a Terra já recebeu.<br />
Seus seios O alimentaram nos meses primeiros. Banhou-O, agasalhou-O,<br />
segurou-O fortemente contra o peito mais de uma vez. E mais de uma<br />
vez, deverá ter pensado:<br />
<br />
Filho meu, ouve meu coração batendo junto ao teu. Dia chegará em<br />
que não Te poderei furtar à sanha dos homens. Por ora, amado meu,<br />
deixa-me guardar-Te e proteger-Te.<br />
<br />
Ela Lhe acompanhou o crescimento. Viu-O iniciar o Seu período de<br />
aprendizado com o pai, que lhe ensinou os versículos iniciais da<br />
Torá, conforme as prescrições judaicas, embora guardasse a certeza<br />
de que o menino já sabia de tudo aquilo.<br />
<br />
Na Sinagoga, O viu destacar-Se entre os outros meninos, e assombrar<br />
os doutores. O seu Jesus, seu Filho, seu Senhor. Angustiou-se mais de<br />
uma vez, enquanto O contemplava a dormir. Que seria feito dEle?<br />
<br />
Maria, mãe de Jesus. Mãe de todos nós. Mãe da Humanidade.<br />
Agradecemos-te a dádiva que nos ofertaste e, ao ensejo do Natal, te<br />
dizemos: Obrigado, mãe.<br />
<br />
Redação do Momento Espírita, com base no cap. A mãe de Jesus, do<br />
livro Personagens da Boa Nova, de Maria Helena Marcon, ed. Fep.<br />
<br />
Em 22.12.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-9749043929977483972011-01-03T05:17:00.001-08:002011-01-03T05:17:43.596-08:00Rei diferenteSer rei significava, no passado, ser superior aos demais. Em alguns<br />
casos, era a conquista de uma condição que se atribuía divina.<br />
<br />
A personalidade real se conduzia como se tudo, à sua volta, lhe<br />
devesse obediência e bajulação. Eternos no poder, pensavam alguns.<br />
<br />
Contudo, bastava uma alteração dos ventos políticos ou uma<br />
reviravolta no tonel das paixões dos adversários, e eram despidos<br />
de todo o poder.<br />
<br />
Houve quem se acreditasse o mais belo, o mais inteligente, o mais<br />
perfeito. Houve quem se intitulasse o rei sol, em torno do qual<br />
deveriam estabelecer as suas órbitas os planetas das vaidades<br />
humanas.<br />
<br />
Disfarçavam-se com roupas exóticas e ricas, sem que elas lhes<br />
pudessem ocultar as torpezas morais.<br />
<br />
Em verdade, embora nem todos ostentem coroas de ouro e pedras<br />
preciosas, muitos dos que detêm o poder, ainda hoje apresentam<br />
algumas dessas expressões comportamentais.<br />
<br />
E, contudo, as insígnias do poder continuam a se transferir de um<br />
para outro, ao sabor dos caprichos humanos.<br />
<br />
* * *<br />
<br />
Ele, no entanto, é um Rei diferente.<br />
<br />
Seu reino não é deste mundo. Expande-se muito além das fronteiras<br />
físicas e é mais rico do que todos os reinos da Terra juntos.<br />
<br />
Seu reinado abrange o território ilimitado da intimidade das<br />
criaturas. São as paisagens e regiões do sentimento, onde podem ser<br />
colocadas as balizas da fraternidade.<br />
<br />
Os Seus interesses são os do Pai que O criou. Neste mundo de formas<br />
transitórias, Ele figura acima das disputas mesquinhas de teor<br />
material.<br />
<br />
Sua coroa e Seu cetro são o amor. Indestrutível no tempo. Seus<br />
seguidores, ao longo dos séculos, foram queimados, torturados, sem<br />
que desistissem dos tesouros da alma de que eram depositários<br />
fiéis.<br />
<br />
Esse Rei tão poderoso escreveu a legislação do Seu Reino, de forma<br />
indelével, nos corações e nas mentes.<br />
<br />
Por isso, os anos se somaram e a verdade continua chegando aos<br />
ouvidos que desejam ouvir, no idioma de cada um, porque ditada com a<br />
força da verdade.<br />
<br />
Rei solar, tomou de uma roupagem semelhante a de todos os Seus<br />
súditos e viveu entre eles, durante um pouco mais de três décadas.<br />
<br />
Mas extrapolou as fronteiras da nação que O recebeu e atravessou as<br />
idades, sem ter empanado o brilho da Sua vitória.<br />
<br />
Ele venceu a morte e o mundo. Os homens O desejaram destruir,<br />
matando-Lhe o corpo físico. Ele retornou, cheio de luz, conforme<br />
anunciara, em uma indumentária indestrutível.<br />
<br />
Ao contrário de todos os que reinam e reinaram sobre homens, Ele<br />
informou que viera para servir.<br />
<br />
E realizou tarefas consideradas humilhantes, à época, quais a de<br />
lavar os pés de todos os Seus apóstolos, em célebre noite de<br />
despedida.<br />
<br />
Inteligência superior a todas as que já passaram por este planeta,<br />
soube falar às gentes, com doçura, ensinando a verdade que liberta<br />
e torna felizes as criaturas.<br />
<br />
Senhor dos Espíritos, demonstrou por atos e manifestou por palavras<br />
de que estava na Terra para cumprir a vontade de Deus, Pai dos céus,<br />
Criador do Universo.<br />
<br />
Este Rei se chama Jesus. E, embora tenha partido da Terra, há mais<br />
de dois mil anos, a gratidão e a esperança dos homens comemoram Seu<br />
aniversário todos os anos.<br />
<br />
Rei solar. Senhor dos Espíritos. Pastor de almas. Servidor.<br />
<br />
Jesus, o Cristo.<br />
<br />
Redação do Momento Espírita.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-65150158447477236852011-01-03T05:09:00.001-08:002011-01-03T05:09:18.297-08:00Semeando rosasUma Rainha de Portugal, de nome Isabel, ficou conhecida por sua<br />
bondade e abnegada prática da caridade.<br />
<br />
Ocorre que seu marido, o Rei D. Diniz não gostava das excursões da<br />
Rainha, pelas ruas da miséria.<br />
<br />
Muito menos das distribuições que ela fazia entre os pobres. Não<br />
podia admitir que uma mulher nobre deixasse o trono das honras<br />
humanas para se misturar a uma multidão de doentes, famintos e mal<br />
vestidos.<br />
<br />
A bondosa Rainha, no entanto, burlava a vigilância de soldados e<br />
damas de companhia e buscava a dor nos casebres imundos, levando de<br />
si mesma e de tudo o mais que pudesse carregar do palácio.<br />
<br />
Não levava servas consigo, pois isto seria pedir a elas que<br />
desobedecessem às ordens reais.<br />
<br />
Era humilhante, segundo o seu marido, o que ela fazia. Como uma<br />
Rainha, nascida para ser servida, realizava o trabalho de criados,<br />
carregando sacolas de alimentos, roupas e remédios?<br />
<br />
Certo dia, ele mesmo a foi espreitar. Resolveu surpreendê-la na sua<br />
desobediência. Viu quando ela adentrou a despensa do palácio e<br />
encheu o avental de alimentos.<br />
<br />
Quando ela se dirigia para os jardins do palácio, no intuito de<br />
alcançar a estrada poeirenta, nos calcanhares da fome, ele saiu<br />
apressadamente do seu esconderijo e perguntou:<br />
<br />
Aonde vai, senhora?<br />
<br />
Ela parou, assustada no primeiro momento. E, porque demorasse para<br />
responder, ele alterou a voz e com ar acusador, indagou:<br />
<br />
O que leva no avental?<br />
<br />
Levemente ruborizada, mas com a voz firme, ela finalmente respondeu:<br />
<br />
São flores, meu senhor!<br />
<br />
Quero ver! Disse o rei, quase enraivecido, por sentir que estava<br />
sendo enganado.<br />
<br />
Ela baixou o avental que sustentava entre as mãos e deixou que o seu<br />
conteúdo caísse ao chão, num gesto lento e delicado.<br />
<br />
Num fenômeno maravilhoso, rosas de diferentes tonalidades e<br />
intensamente perfumadas coloriram o chão.<br />
<br />
Consta que o Rei nunca mais tentou impedir a rainha da prática da<br />
caridade.<br />
<br />
* * *<br />
<br />
Para quem padece as agruras da fome, sentindo o estômago reclamar do<br />
vazio que o consome; para quem ouve, sofrido, as indagações dos<br />
filhos por um pedaço de pão, umas colheres de arroz, a cota de<br />
alimento que lhes acalme as necessidades é semelhante a um frasco de<br />
medicação poderosa.<br />
<br />
Para quem esteja atravessando a noite da angústia junto ao leito de<br />
um filho delirando em febres, as gotas do medicamento são a<br />
condensação da esperança do retorno à saúde.<br />
<br />
Para quem sente as garras afiadas do inverno cortar-lhe as carnes,<br />
receber uma manta que o proteja do vento gélido é uma ventura.<br />
<br />
Por isso, quem leva pães, agasalho e conforto é portador de flores<br />
perfumadas de vários matizes.<br />
<br />
* * *<br />
<br />
Há muitos que afirmam que dar coisas é alimentar a preguiça e<br />
fomentar acomodação.<br />
<br />
Contudo, bocas famintas e corpos enfermos não podem prescindir do<br />
alimento correto e da medicação adequada.<br />
<br />
Se desejarmos os seres ativos, envolvidos com o trabalho, preciso é<br />
que se lhes dê as condições mínimas. Não se pode ensinar a<br />
pescar alguém que sequer tem forças para segurar a vara de pesca.<br />
<br />
Redação do Momento Espírita.<br />
<br />
Em 27.12.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-23487429909972904912010-11-04T08:43:00.001-07:002010-11-04T08:43:48.269-07:00<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_uEK9pzDtIyI/TNLUfCyxEBI/AAAAAAAACZI/BYDsGoMjAjE/s1600/wallpaper-andre-luiz-resolucao-800-600.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" px="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_uEK9pzDtIyI/TNLUfCyxEBI/AAAAAAAACZI/BYDsGoMjAjE/s400/wallpaper-andre-luiz-resolucao-800-600.jpg" width="400" /></a></div>Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-91144713291648106622010-11-04T08:37:00.001-07:002010-11-04T08:37:20.988-07:00Tempo dos filhosTempo dos filhos<br />
<br />
As tendências da atualidade falam de qualidade, quando se discute a<br />
questão de educação de filhos e tempo que os pais dedicam a eles.<br />
<br />
Em verdade, toda vez que o assunto tempo é tratado, as primeiras<br />
frases que brotam ligeiras das bocas das pessoas é: Não tenho<br />
tempo. A vida é muito corrida. A profissão me exige muito.<br />
<br />
Face a tais posicionamentos, natural que o que se sacrifique seja<br />
sempre o tempo com a família. <br />
<br />
Afinal, a profissão é importante porque tanto realiza o ser quanto<br />
lhe permite angariar os recursos para o conforto e as necessidades. O<br />
estudo é importante porque permite o progresso da criatura, tanto<br />
quanto é exigido para o aprimoramento técnico.<br />
<br />
Dessa forma, resta somente sacrificar o tempo dedicado aos<br />
familiares.<br />
<br />
Assim, os filhos crescem sem que percebamos. Possivelmente,<br />
começaremos a notar que os anos passaram quando o filho chegar em<br />
casa com a namorada pela mão para nos apresentá-la.<br />
<br />
Como é possível? Ainda ontem usava fraldas e hoje já namora.<br />
<br />
Sim, o tempo parece correr. Os anos se somam. O tempo da infância se<br />
vai. Os filhos crescem.<br />
<br />
Mas, alguns pais dizem que o importante não é o quanto de horas<br />
permanecemos ao lado dos filhos, mas a qualidade, isto é, o que<br />
fazemos quando estamos com eles.<br />
<br />
Face a isso, acreditam que sair no final de semana para um passeio,<br />
um almoço familiar, férias em conjunto sejam suficientes para<br />
suprir a necessidade que têm os pequenos da presença dos pais.<br />
<br />
Mas, o filho precisa sentir-se protegido, amparado. Precisa ter a<br />
certeza de que encontrará um ombro amigo, um colo materno, um pai<br />
atencioso para ouvi-lo, quando as dificuldades se apresentarem.<br />
<br />
Quando ele se sentir humilhado porque apanhou na escola, quando ele<br />
se sentir derrotado porque perdeu o jogo de futebol, quando ele se<br />
sentir preterido por não ter sido aprovado para atuar na peça<br />
teatral.<br />
<br />
Ele precisa ter tempo para contar as suas amarguras e ser ouvido. Ele<br />
precisa de pai e de mãe que o abracem após as horas intermináveis<br />
de estudo às vésperas das provas.<br />
<br />
Ele precisa de pai e de mãe que o incentivem a prosseguir, mesmo<br />
quando ele esteja indo mal em uma ou outra matéria.<br />
<br />
Ele precisa de pais que estudem com ele, sofram com ele, estejam com<br />
ele.<br />
<br />
Como se vê, o que conta não é somente qualidade do que se faz<br />
quando se está com os filhos, mas quantidade também.<br />
<br />
Vale meditar sobre tudo isso e iniciar um esforço para estarmos mais<br />
perto, por mais tempo, dos nossos pequenos.<br />
<br />
* * *<br />
<br />
Cada criança carrega dentro de si um projeto de luz que nós devemos<br />
auxiliar a concretizar.<br />
<br />
A criança de agora nos fala da nossa situação amanhã.<br />
<br />
Cuidemos dela, estejamos com ela, sabendo lhe dar o espaço para que<br />
cresça, saudável e feliz, segura e tranquila, embalada pelas nossas<br />
orientações amorosas.<br />
<br />
Cada criança é um Espírito imortal em recomeço no mundo.<br />
Estejamos com nossos filhos, auxiliando-os a escalar os degraus do<br />
progresso.<br />
<br />
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais<br />
<br />
colhidos no cap. 11, do livro Vereda familiar, pelo Espírito<br />
<br />
Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.<br />
<br />
Em 21.06.2010Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-51649086904290350232010-11-04T08:36:00.001-07:002010-11-04T08:36:07.966-07:00Louvar a DeusEloim, Yaveh, Jeová, Alá. Força suprema, energia maior, Deus. Não<br />
importa como O denominemos, o sentimento de Deus é inerente à<br />
criatura humana.<br />
<br />
Em todos os povos e culturas não se encontrará um sequer onde a<br />
crença em uma força maior inexista.<br />
<br />
Houve povos que conceberam Deus como muitos deuses. Confundiram as<br />
obras da Criação e seus fenômenos com o próprio Criador,<br />
denominando-O por diversos nomes.<br />
<br />
Outros tantos humanizaram Deus, transferindo-Lhe nossas paixões e<br />
desejos, criando deuses ciumentos, cheios de cobiças, enfim, com<br />
todas as falhas humanas.<br />
<br />
Há outros que, apesar de crerem em um Deus único, o veem como<br />
perseguidor, ou como o Deus vingança, o Deus que fica à espreita,<br />
esperando nossos erros para, logo em seguida, imputar suas pesadas<br />
penas.<br />
<br />
Alguns, entendendo a mensagem de Jesus, passam a vê-Lo como Pai,<br />
protetor e soberanamente bom e justo.<br />
<br />
Nas mais diferentes culturas, as mais diferentes visões de Deus.<br />
Porém, sem exceção, a preocupação do relacionar-se e do louvar a<br />
Deus sempre se mostrou presente.<br />
<br />
Porém, há que se perguntar: Qual a melhor maneira de se louvar a<br />
Deus? Como devo eu louvar a Deus? Devo mesmo fazê-lo?<br />
<br />
O sentimento de louvor a Deus nasce naturalmente na intimidade da<br />
criatura, quando percebe a grandiosidade do Criador.<br />
<br />
Toda vez que olhamos o milagre da vida se desenvolvendo no ventre<br />
materno e nos emocionamos, estamos louvando a Deus.<br />
<br />
Se somos capazes de parar o carro, na beira da estrada, somente para<br />
admirar um trigal a esparramar-se com as carícias do vento, será<br />
esse um louvor a Deus.<br />
<br />
O arco-íris que nos faz parar um momento, na correria dos nossos<br />
afazeres para admirá-lo, um jardim florido que nos enternece a alma,<br />
o cheiro de chuva que nos faz refletir a respeito da sabedoria da<br />
natureza, são momentos de louvor ao Criador.<br />
<br />
Mas é necessário que nosso louvor se estenda além do momento de<br />
enternecimento e admiração. Deve ampliar-se no sentimento de<br />
respeito ao autor da vida e às Suas obras.<br />
<br />
Assim estaremos louvando a Deus quando respeitarmos as obras da<br />
Criação, não poluindo rios e mares, não destruindo animais e<br />
plantas.<br />
<br />
Louvaremos a Deus, olhando nosso próximo como irmão e assim o<br />
tratando, trocando o olhar de indiferença, com que muitas vezes<br />
cruzamos a multidão, por um olhar de ternura e apreço.<br />
<br />
Embora tantos pensem no louvar a Deus como algo etéreo ou místico,<br />
algo interno ou metafísico, o louvar a Deus pode estar nas ações<br />
mais simples do nosso cotidiano.<br />
<br />
Quando nossa mente, mergulhada na grandiosidade do amor de Deus,<br />
conseguir percebê-Lo nas pequenas ações de cada dia, louvar a Deus<br />
será sentimento companheiro de nossas almas. <br />
<br />
Redação do Momento Espírita.<br />
<br />
Em 18.06.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-38955982017128566742010-11-04T08:34:00.001-07:002010-11-04T08:34:43.282-07:00História de uma vidaTudo começou quando um dia, em minha mãe, num local bem protegido<br />
chamado trompa, dois elementos se encontraram: um de minha mãe, o<br />
óvulo, e outro de meu pai, o espermatozoide. Como dois apaixonados<br />
se aproximaram e se abraçaram tornando-se uma pequenina gota<br />
d'água.<br />
<br />
Esse foi o dia mais feliz de minha existência. Recomeçava para mim<br />
a oportunidade do retorno à carne, depois de passar um largo tempo<br />
no mundo espiritual.<br />
<br />
Deram-me o nome de ovo. Eu era muito pequenino, muito menor do que um<br />
grão de areia. Iniciei então, uma longa viagem. Empurrado para<br />
diante por algo semelhante a cílios, que desenvolviam movimentos<br />
delicados como os do mar quando beija docemente a praia, indo e<br />
vindo, cheguei enfim a um lugar chamado útero.<br />
<br />
Era um lugar macio, quentinho e logo notei não correr perigo. Sem<br />
muito esperar, fui me aninhando, agarrando-me firmemente em uma das<br />
paredes. Já contava com três dias de vida.<br />
<br />
Aos poucos fui me cobrindo com uma membrana daquela mesma parede. Aos<br />
9 dias de vida, minha forma era a de um disco e tinha meio milímetro<br />
de diâmetro. Fui crescendo e aos 12 dias de vida já tinha o dobro<br />
do tamanho: um milímetro.<br />
<br />
Recebi o nome de embrião. Comodamente instalado, fui formando uma<br />
almofada que se chamava placenta, para que melhor me pudesse<br />
alimentar, retirando do organismo de minha mãe tudo o de que<br />
precisava.<br />
<br />
Já estava com quase um mês. A expectativa de minha existência era<br />
muito grande. A ansiedade de minha mãe se transformou em pura<br />
alegria quando os testes deram positivo. Agora era meu pai a querer<br />
saber se eu seria menino ou menina, louro ou morena, de olhos<br />
castanhos ou azuis.<br />
<br />
Quando ele perguntou: Como será ele? - fui logo respondendo: Tenho<br />
forma da letra C, e pareço com um cavalo-marinho. Tenho um<br />
centímetro de tamanho.<br />
<br />
Não sei se me ouviram mas o que sei é que redobraram cuidados e<br />
recomendações.<br />
<br />
Aos dois meses, meu corpinho estava mais reto, minha boca mais<br />
formada, meu nariz começava a aparecer, meus olhos estavam mais<br />
desenvolvidos. Meu tamanho? Quatro centímetros. Meu peso? Cinco<br />
gramas.<br />
<br />
Aos três meses já tinha forma de gente... E o tempo foi passando.<br />
<br />
Emoção mesmo foi no dia em que mamãe pôde ouvir o meu<br />
coraçãozinho bater. Sentia como se fosse uma mensagem para ela. E<br />
era mesmo. Era meu agradecimento por tudo o que ela fazia e pensava<br />
por mim.<br />
<br />
Ela esperava, papai aguardava e eu também. Como seria o nosso<br />
reencontro?<br />
<br />
Seis, sete, nove meses. O médico marcou o dia de minha chegada. O<br />
meu enxovalzinho estava pronto e meu bercinho me aguardando. Última<br />
semana de espera.<br />
<br />
Hoje me apresentei para toda a família. Que alegria! Meu primeiro<br />
dia de vida, nos braços de minha mãe.<br />
<br />
* * *<br />
<br />
Os filhos que nos chegam pelas vias da reencarnação são, quase<br />
sempre, personalidades amigas com as quais já vivemos em outras<br />
eras.<br />
<br />
Chegam-nos, batendo à porta do coração, a solicitar entrada e<br />
quando lhes permitimos o ingresso no seio da família, se enchem de<br />
felicidade.<br />
<br />
Podem ser comparados a aves pequenas que retornam ao ninho, após<br />
exaustivas andanças por outras terras, à procura de carinho,<br />
ternura e abrigo.<br />
<br />
Fiquemos atentos e jamais fechemos as portas do nosso amor a esses<br />
pássaros implumes que nos buscam desejando oportunidade para<br />
retornar à vida física.<br />
<br />
Redação do Momento Espírita, com base em texto de <br />
<br />
Apostila do Grupo de gestantes da União das <br />
<br />
Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, 1995.<br />
<br />
Disponível no livro Momento Espírita vol 1, ed.Fep.<br />
<br />
Em 17.06.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-44753740008487999912010-06-17T06:49:00.001-07:002010-06-17T06:49:41.921-07:00A última bem-aventurançaÉ muito conhecida a passagem bíblica nominada de Sermão damontanha. Nela, Jesus anuncia as bem-aventuranças. Ele enaltece a conduta dos mansos, dos humildes e dos sedentos dejustiça, dentre outros, afirmando que são bem-aventurados. Entretanto, o Cristo anunciou mais uma bem-aventurança, que costumapassar despercebida. Após Sua ressurreição, Ele apareceu a várias pessoas, mas odiscípulo Tomé não estava entre elas. Ao saber do evento, Tomé afirmou que somente acreditaria se visse ossinais do martírio em Jesus e neles pudesse colocar a mão. A oportunidade não se fez tardar e o Mestre logo lhe apareceu. Após Se mostrar, Jesus sentenciou: Porque me viste, Tomé, creste. Bem-aventurados os que não viram ecreram. É interessante observar que se tratava do momento em que ostestemunhos dos Apóstolos principiariam. Estava finda a época do aprendizado direto junto ao Messias Divino. Ocorre que na luta pela implantação de um ideal nem sempre tudocorre à maravilha. Costuma haver resistências e vários incomodados se fazemadversários da obra. Para perseverar, nos momentos de dificuldade, é preciso ter fé. Sem uma crença firme de que o bem vencerá torna-se fácil desistirno meio do caminho. É necessário crer na efetivação do ideal antes de vê-loconcluído. Feliz de quem possui a força íntima necessária para lutar semesmorecer. De quem acredita no bem, mesmo quando o mal aparentemente vence. Quem precisa ver para crer hesita e desfalece com frequência. Porque a corrupção parece crescer, duvida da vitória final dahonestidade. Porque são muitos os cruéis, acha que a compaixão talvez nuncavença. Se o bem demora a se instalar, acredita que não compensa lutar porele. Bem se vê o quanto a fé é necessária em um projeto de longoprazo. Sem essa certeza das coisas esperadas, a força esmorece e a luta éabandonada. Nesses tempos turbulentos, convém refletir a respeito da firmeza daprópria fé. Acreditar firmemente na vitória do bem ajuda a jamais corromper aprópria essência. Sem essa convicção, pode-se ficar tentado a levar vantagem e a darum jeitinho, em prejuízo da própria dignidade. Ocorre que a dignidade e a fidelidade aos próprios valores sãoextremamente preciosas. Elas propiciam paz de consciência e tornam possível andar decabeça erguida em qualquer ambiente. Bem-aventurado quem crê antes de ver e por isso tem a força deviver e construir o bem. Pense nisso. Redação do Momento Espírita, com base no cap. XXI do livro A mensagem do amor imortal, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 15.06.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-64893706640362888202010-06-17T06:48:00.001-07:002010-06-17T06:48:34.812-07:00Nuvens que passamO dia amanhecera ensolarado. Nos quintais, a criançada se divertia,correndo, rindo esse riso solto de quem sonha venturas. De repente, o vento se fez forte, açoitando a copa das árvores,arrancando-lhes folhas da cabeleira verde e espessa, jogando-as àdistância. Parecia que, de repente, a natureza houvesse enlouquecido e,desgrenhada, uivasse pelas ruas e praças, obrigando os transeuntes aprocurarem abrigo. O céu se cobriu de nuvens escuras, prenunciadoras de chuvas e o diase fez noite, em plena manhã. Depressa se fecharam janelas, se recolheram pertences. Dos céus jorraram águas abundantes, fustigadas pela ventania, queas arremessava, com força inclemente, contra as casas, os muros, asgrandes árvores. Foram somente alguns minutos. Depois, os relâmpagos se apagaram e achuva parou. Uma grande quietude invadiu a natureza. A ramagem verde sacudiu asúltimas gotas d´agua, o vento bocejou cansado, recolhendo-se. Algumas horas passadas e o sol voltou a sorrir raios de calor e luz. Quem olhasse para o céu iluminado, dificilmente acreditaria que hápouco a borrasca se fizera violenta. * * * Assim também é na vida. Os momentos de lutas e de bonança se alternam. Quando o sofrimento chega, em forma de enfermidade, solidão,desemprego, morte dos afetos mais chegados tamanha é a dor, quedeixa em frangalhos o coração. Acreditas que não haverá mais esperança, nem amanhã, nemalegrias. Nunca mais. Tudo é sombrio. As horas, os dias, os meses se arrastam pesados. Aimpressão que tens é que nada, jamais, porá fim ao fustigar dasdores. Contudo, tudo passa como a chuva rápida do verão, logo substituídapelos raios do sol. E transcorrido algum tempo, ao lembrares daquele período de dores,dirás a ti mesmo: Meu Deus, nem acredito que passei por tudo aquilo.Até parece um sonho distante. Porque tudo passa na vida, porque tudo é transitório, passageiro,não percas a esperança. O que hoje é, amanhã poderá ter feição diferente, deixar de ser. Acima de tudo, recorda que o amor de Deus te sustenta a vida e nãohá, no Universo, força maior do que a presença de Deus atuandofavoravelmente. Dessa forma, quando a inclemência das dores te fustigarem a alma,recolhe-te à meditação e ouvirás o pulsar do Cosmo. No silêncio identificarás as vozes da Imortalidade te falando aosouvidos da alma, dizendo-te da vitória que haverás de alcançar. Refugiando-te na oração, dialogarás com Deus, com a intimidade dofilho ao pai ou ao coração de mãe. Não entregues a batalha a meio. Prossegue. Embora as nuvenscarregadas de dissabores que possam te envolver, lembra que logomais, amanhã, outro dia, em algum momento, o sol voltará a brilhar. Sol em tua alma, em tua vida. Pensa nisso e aguarda um tanto mais,antes de te entregares à desesperança. Deus tem certeza do teu triunfo e da conquista plena de ti mesmo. Confia nEle. Redação do Momento Espírita. Em 16.06.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-57371800479141241202010-06-11T19:21:00.001-07:002010-06-11T19:21:32.570-07:00Missão: paternidadeSer pai é missão com que o Senhor da vida brinda o homem,abençoando a sua masculinidade, homenageando a sua funçãococriadora, ao lado da mulher, que se faz mãe, pelos vínculoscarnais. Ser pai é ser protetor, guardião, amigo. Desde tempos muitoantigos, essa figura foi tida como importante na formação dosfilhos. Remonta, há mais de 4 mil anos, um cartão escrito em argila,encontrado na Mesopotâmia, no qual um jovem de nome Elmesuhomenageia seu pai, formulando votos de sorte, saúde e vida longa. Possivelmente, revivendo aquele gesto, no ano de 1909, Sonora Luise,na cidade de Spokane, nos Estados Unidos, motivada pela admiraçãopor seu genitor, decidiu homenageá-lo e criou o Dia dos pais. Não demorou muito para que outras cidades norte-americanas seinteressassem pela data que, no ano de 1972, foi oficializada comofesta nacional, pelo presidente Richard Nixon. A comemoração naquele país ocorre no terceiro domingo do mês dejunho, enquanto no Brasil passou a ser celebrada no segundo domingode agosto. Atribui-se o seu surgimento ao publicitário Silvio Bhering e aprimeira comemoração se deu no dia 14 de agosto de 1953, datadedicada, segundo a tradição católica, a São Joaquim, patriarcada família. Ter um dia para receber homenagens é sempre grato ao coração dequem ama. Momento especial, ao demais, para pensar e repensar arespeito dessa importante missão. Nos dias em que se vive a tormenta dos vícios, do tóxico, emparticular, que destroça a criança, ainda nas primeirasexperiências infantis, é de nos questionarmos o que, na qualidadede pais, temos feito. Verdade que há uma grande preocupação com a manutençãodoméstica e por vezes, o cansaço nos toma as forças. Contudo, a presença paterna é imprescindível, ao lado da materna,no sentido de educar a prole, acompanhar o passo dos pequenos e dosmocinhos. Fazer-se presente é preciso. Olhar nos olhos dos filhos para lhessentir as realidades íntimas, por essas janelas da alma. Renunciar a um lazer para estar com eles. Verificar seus compromissosescolares, participar de uma ou outra atividade social, a fim de queeles se sintam apoiados por sua presença. Dialogar com os filhos, ouvindo-lhes as opiniões sobre a vida, aspessoas, os fatos, cooperando no esclarecimento de equívocos,auxiliando-os a caminhar pelas vias do discernimento. * * * Com certeza, pai amoroso que você é, ama seus filhos. Contudo, nãoesqueça que o amor deve ser vigilante e perspicaz, para que, em seunome, não se instale a insensatez e a sombra se estabeleça. Pense nisso e dê o melhor de si a esses rebentos, filhos de Deus,confiados aos seus cuidados pelo Pai excelso de todos nós. Pense: esta é a sua missão na qualidade de pai. Redação do Momento Espírita, com base em informações colhidas no boletim SEI nº 2160, de 22.08.2009 e no cap. 30 do livro Vereda familiar, pelo Espírito Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter. Em 01.03.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-30802601748222928662010-06-11T19:20:00.001-07:002010-06-11T19:20:34.087-07:00A voltaFoi durante a limpeza do quintal. O pai, Bruce, juntava as folhas como ancinho, recolhia os galhos quebrados pelo furacão da véspera. Então, olhou para o filho e teve um impulso de abraçá-lo. Ele o levantou, o beijou e lhe disse como se sentia feliz em tê-locomo filho. A resposta do menino de apenas 4 anos o desconcertou: Foi por isso que escolhi você. Eu sabia que você seria um bompapai. Bruce ficou atônito e pediu que o menino repetisse o que dissera. É isso: quando encontrei você e mamãe, tive certeza que vocêseria bom para mim. Aquilo estava ficando intrigante. Como assim nos encontrar? Onde você nos encontrou? No Havaí. O pai sorriu e esclareceu que os três tinham estado no Havaí no anoanterior. Mas o garoto replicou: Não foi quando todos fomos ao Havaí. Foi quando você foi sozinhocom mamãe. E continuou, acrescentando detalhes: Encontrei vocês no grande hotel cor-de-rosa. Vocês estavam napraia, de noite, jantando. Realmente, Bruce e a esposa tinham estado no Havaí em 1997, paracomemorar seu quinto aniversário de casamento. Tinham se hospedado num hotel de cor rosa, na praia de Waikiki. Etinham jantado ao luar, na praia, na última noite de sua estada. Cinco semanas depois, a esposa descobrira estar grávida. O filho descrevera tudo com perfeição. Como poderia saber? Aquele não era um assunto que os paiscomentassem, não com aqueles detalhes. * * * O fato não é isolado e acontece com muitas crianças quesurpreendem os pais com informações de um tempo que antecede o seunascimento. Não é raro, o garotinho olhar para a mãe e dizer: Quando eu eragrande, carreguei você no colo. Quando eu morava na outra casa, eu tinha muitas joias. E um carromuito bonito. Eu sempre viajava nele porque ele era confortável egrande. Ou a menina olha o álbum de fotografias antigas e, de repente,apontando para uma foto de sua avó, ou bisavó ou tia-avó, exclama: Olha eu aqui! Nossa, eu era bonita, né? Tais discursos partem de pirralhos, de crianças pequenas, de formaespontânea. E, da mesma forma que assim se expressam, deixando boquiabertos osque os ouvem, retornam aos interesses da idade e às falas própriasda infância. É como se um flash acendesse na memória, detonando uma lembrança,que é expressa com espontaneidade. Tais fatos confirmam o que ensina a Doutrina Espírita. Vivemosmuitas vezes. E escolhemos nossos pais, antes de renascer, por questões afetivas,de aprendizado ou alguma necessidade específica. Pais e filhos não somos Espíritos estranhos uns aos outros. Somosviajores do tempo, através das muitas vidas, no rumo do grande bem. Redação do Momento Espírita, com base em dados colhidos no livro A volta, de Bruce e Andréa Leininger com Ken Gross, ed. Best Seller.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-42151641039553960882010-06-11T19:19:00.005-07:002010-06-11T19:19:49.996-07:00TransitoriedadeEm face das preocupações que te ocupam a tela mental, levando-te ainquietações desnecessárias, seria válido que fizesses umaavaliação em torno de teu comportamento. Convidamos a uma rápida análise de fatos ocorridos em tuaexistência. Retorna, psiquicamente, há apenas cinco anos, no teu passado recentee procura recordar as aflições que então te maceravam a alma. Enfermidades que te minavam o organismo, ameaçando-te a existênciafísica; problemas de sentimento emocional que te entristeciam;solidão amarga em que te refugiavas; incertezas no trabalho que teoferecia recursos para uma vida honrada; expectativa em torno demetas que pareciam tardar; abandono de amigos que se apresentavamcomo irmãos... Mudemos a tônica das lembranças. Talvez estivesses cercado pela ternura de afetos que te afirmavam serde natureza eterna; possuías saúde e equilíbrio orgânicoinvejáveis; quem sabe tivesses motivações emocionais paraavançar; independência econômica, segurança no trabalho,bem-estar social e harmonia doméstica. Cinco anos. Em apenas cinco anos, observa quantas mudanças ocorreramno trânsito das tuas horas. As enfermidades ameaçadoras partiram, os males desapareceram, otrabalho se te afirmou ideal, novos amigos vieram ter contigo... Surgiram metas promissoras e não poderias supor, naquela ocasiãoque, em determinado momento futuro, te encontrarias fortalecido ealegre, considerando os problemas então vigentes. Cinco anos... Provavelmente, o afeto que acariciavas saiu do teu lado, deixando-teem aflição; a saúde bateu em retirada, os sentimentos ficaram emtranstorno... O ganha-pão tornou-se-te lugar de sofrimento; os recursos de quedispunhas mudaram de mãos; a convivência social modificou-se emrelação às pessoas... E ainda, o lar, que parecia tão bem estruturado, encontra-se emfrangalhos... Essas ocorrências tiveram lugar em somente sessenta meses! * * * A existência humana é transitória e cheia de surpresas. O que parece duradouro, torna-se de rápida permanência. A segurança diminui ou a intranquilidade asserena-se. Tudo está em constante modificação. O importante é saber como conduzir-se nas múltiplas etapas em que avida se manifesta. Ninguém se encontra, na Terra, em regime de exceção, portanto, semocorrências inesperadas, tanto boas quanto más, alegres quantoaflitivas. Sendo um planeta de provações e de expiações, a transitoriedadeé a sua marca. O que é muito bom, porque, da mesma forma que as questões gentis efelizes alteram-se, também aquelas de natureza destrutiva,angustiante, cedem lugar a outras mais amenas e confortadoras. Não fosse assim, e ninguém suportaria a presença do sofrimento semconsolo, nem esperança. Desse modo, nunca te permitas perturbar por acontecimentos que fazemparte do teu currículo evolutivo, já que tudo ocorre de acordo coma programação básica mais útil à tua libertação espiritual. Nos momentos bons, carreguemos as forças, o ânimo. Nos momentospesarosos, aprendamos, reflitamos e, em todos eles, continuemoscrescendo para Deus. Redação do Momento Espírita com base no cap. 28, do livro O amor como solução, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 16.03.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-77045170516292002122010-06-11T19:19:00.001-07:002010-06-11T19:19:16.173-07:00NormoseA palavra normose foi criada na França pelo escritor e conferencistaJean-Ives Leloup para designar, em síntese, essa forma decomportamento visto como normal mas que, na realidade, não énormal. Transportando esse conceito para observação da sociedade atualverificamos que as pessoas se pautam por padrões estabelecidos poralguém ou um grupo, em algum momento. Por exemplo, segundo padrões da moda atual, ser normal é ser magroe bonito. Para isso, vale dieta e, a cada dia surge uma diferente, ditada poressa ou aquela celebridade que afirma ter conseguido o peso ideal emum tempo mínimo. Para alcançar as medidas ideais da dita normalidade vale afrequência a academias, com rigorosos exercícios físicos,massagens e tudo o mais que possa permitir atingir o idealizado. E depois vêm as cirurgias para modificar tudo que seja possívelalterar. Não escapam os dentes, que devem ser perfeitos e brancos e, paraisso, submetem-se as pessoas a aplicações de laser, porcelana e oque mais seja necessário. Não importa se algo faz mal à saúde. O importante é ser normalque inclui, ao demais, estar sempre na moda, vestir a roupa domomento, custe o que custar. Gastam-se verdadeiras fortunas com cabeleireiros, maquiagem, produtosde beleza. Porque não se pode perder festa alguma. Nem evento importante. Issologo nos desqualificaria como um ser normal. Naturalmente, é louvável o cuidado com o corpo, a atenção aoparecer bem, à elegância. Faz parte da evolução da criaturacultivar o belo, o bom. Mas daí aos exageros, aos excessos vai uma distância que prima pelainsensatez. Gasta-se o que não se tem, finge-se o que não se é. Tudo paraparecer normal... Como os demais. Que padrão de normalidade, afinal, estamos elegendo? Algo totalmentefísico, exterior, passageiro em detrimento de valores reais? Será isso que desejamos para os nossos filhos, a Humanidade doamanhã? Desejaremos uma Humanidade de pessoas esquálidas, bulímicas,estressadas e vazias de conteúdo? Cabe-nos pensar um pouco, antes que nossos filhos, por não atenderemaos padrões ditados por alguns se lancem no fundo poço dadepressão, perdendo as oportunidades de progresso nesta vida. Estamos na Terra para angariar sabedoria, ilustrar a mente,dulcificar o coração, ascender à perfeição. A mente se ilustra com estudo, reflexão, esforço. O coração sedulcifica no exercício do bem ao próximo, entendendo que asdiferenças existem para permitir realce à verdadeira beleza. Invistamos nisso. E, em vez de nos esgotarmos em horas e mais horasde trabalho para conseguir mais dinheiro para atender a necessidadestolas, reservemos tempo para conviver com a família, com os amigos. Reservemos tempo para leituras, alimentando as ideias; para areflexão, a fim de nos enriquecermos interiormente. Tempo para olhar o nascer do sol e seu desaparecer no poente, paraouvir a sinfonia da chuva em dias quentes, o agradecimento da terrapela água que sorve, com sofreguidão. Tempo para amar, para viver, para ser um humano de valor, para serfeliz. Pensemos nisso. Redação do Momento Espírita Em 18.03.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-83355832412706769192010-06-11T19:18:00.001-07:002010-06-11T19:18:40.806-07:00A paz em vocêA palavra paz costuma estar nos discursos de todas as pessoas. Seja o político influente, o religioso, a mãe de família, opatrão ou o empregado, todos afirmam desejar a paz. Contudo, é comum a percepção de que a paz é algo que se produz noexterior e por obra de outros. Deseja-se a paz à custa de atos alheios. Se ela não se faz presente, entende-se que a culpa é de terceiros. Culpa-se o governo pelos estrépitos das ruas. Culpam-se os políticos pela cultura de desonestidade que prejudica atranquilidade. Sempre são os outros os responsáveis. Entretanto, toda realização legítima e duradoura começa noindivíduo. As ideias surgem nas mentes de alguns, alastram-se, convertem-se ematos e gradualmente tomam corpo no meio social. Toda conquista positiva perfaz esse caminho para se converter deideia de poucos em realidade de muitos. Com a paz não pode ser diferente. Mas, em relação a ela, ainda há uma peculiaridade. A genuína pacificação se opera no íntimo do ser. O exterior tumultuado pode constituir um desafio à preservação daharmonia interior. Ocorre que o silêncio do mundo não induz à paz interna. Em geral, quem tem a consciência pesada busca se agitar bastante, afim de não se deter na própria realidade. Como algo interno, a paz legítima é uma construção pessoal eintransferível. Ninguém se pacifica à custa do semelhante. Um ser iluminado pode dar exemplos, conselhos e lições. Contudo, pacificar-se é um processo de dignificação, que só opróprio interessado pode realizar. Ele pressupõe a compreensão de que atos indignos sempre têmtristes consequências. Ninguém adquire plenitude interior sem agir com dignidade e semdominar seus pensamentos e sentimentos. A entrega ao crepitar das paixões apenas complica a existência. Os gozos mundanos são momentâneos, ao passo que a lembrança do quese fez dura bastante. Não há como viver em paz e desfrutar de vantagens indevidas,prejudicar os semelhantes e fazer o que a consciência reprova. O requisito básico da paz é a tranquilidade de consciência. Para isso, é preciso tornar-se senhor da própria vontade. Hábitos de longa data não somem em um repente. Enquanto eles são dominados, a vontade precisa ser firme. Para não viver torturado por desejos ilícitos, também se impõedeter o olhar no que de belo há no mundo. Sem angústia, mas com a firme intenção de corrigir-se aos poucos,direcionar a própria atenção e o próprio querer para atividadesdignas. Devagar, surge o prazer de ser trabalhador, digno e bondoso. Como resultado, faz-se a paz no íntimo do ser. Pense nisso. Redação do Momento Espírita. Em 19.03.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-59991503212617166012010-06-11T19:16:00.001-07:002010-06-11T19:16:27.060-07:00A paz em vocêA palavra paz costuma estar nos discursos de todas as pessoas. Seja o político influente, o religioso, a mãe de família, opatrão ou o empregado, todos afirmam desejar a paz. Contudo, é comum a percepção de que a paz é algo que se produz noexterior e por obra de outros. Deseja-se a paz à custa de atos alheios. Se ela não se faz presente, entende-se que a culpa é de terceiros. Culpa-se o governo pelos estrépitos das ruas. Culpam-se os políticos pela cultura de desonestidade que prejudica atranquilidade. Sempre são os outros os responsáveis. Entretanto, toda realização legítima e duradoura começa noindivíduo. As ideias surgem nas mentes de alguns, alastram-se, convertem-se ematos e gradualmente tomam corpo no meio social. Toda conquista positiva perfaz esse caminho para se converter deideia de poucos em realidade de muitos. Com a paz não pode ser diferente. Mas, em relação a ela, ainda há uma peculiaridade. A genuína pacificação se opera no íntimo do ser. O exterior tumultuado pode constituir um desafio à preservação daharmonia interior. Ocorre que o silêncio do mundo não induz à paz interna. Em geral, quem tem a consciência pesada busca se agitar bastante, afim de não se deter na própria realidade. Como algo interno, a paz legítima é uma construção pessoal eintransferível. Ninguém se pacifica à custa do semelhante. Um ser iluminado pode dar exemplos, conselhos e lições. Contudo, pacificar-se é um processo de dignificação, que só opróprio interessado pode realizar. Ele pressupõe a compreensão de que atos indignos sempre têmtristes consequências. Ninguém adquire plenitude interior sem agir com dignidade e semdominar seus pensamentos e sentimentos. A entrega ao crepitar das paixões apenas complica a existência. Os gozos mundanos são momentâneos, ao passo que a lembrança do quese fez dura bastante. Não há como viver em paz e desfrutar de vantagens indevidas,prejudicar os semelhantes e fazer o que a consciência reprova. O requisito básico da paz é a tranquilidade de consciência. Para isso, é preciso tornar-se senhor da própria vontade. Hábitos de longa data não somem em um repente. Enquanto eles são dominados, a vontade precisa ser firme. Para não viver torturado por desejos ilícitos, também se impõedeter o olhar no que de belo há no mundo. Sem angústia, mas com a firme intenção de corrigir-se aos poucos,direcionar a própria atenção e o próprio querer para atividadesdignas. Devagar, surge o prazer de ser trabalhador, digno e bondoso. Como resultado, faz-se a paz no íntimo do ser. Pense nisso. Redação do Momento Espírita. Em 19.03.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-42849952514235040112010-06-11T19:15:00.003-07:002010-06-11T19:15:51.338-07:00Você é insubstituívelQuantas vezes você já ouviu a frase: Ninguém é insubstituível? Pensando bem, ninguém é insubstituível, no sentido de que todos osseres humanos somos transitórios. Hoje estamos aqui e amanhã poderemos não mais estar. E, a qualquermomento, poderemos ser substituídos no cargo que ocupamos, narealização da tarefa que nos devotamos. E essa é uma realidade de muitas instituições, onde as pessoassão descartadas, por qualquer motivo ou motivo algum. Contudo, ao se repensar bem a frase, percebemos que ela éinverídica sob variados aspectos. Basta se faça um passeio pela História da Humanidade e logodescobriremos pessoas que fizeram a grande diferença no mundo. No campo de arte, recordemos de Beethoven. Ele morreu em 1827. Quem osubstituiu? Embora tantos músicos depois dele, ninguém compôs sinfonias comoele o fez. Nunca mais houve outra Sonata ao luar. Ele foi único. E ouvindo assuas sonatas, seus concertos quem recorda que ele era surdo? Único e insubstituível também foi Gandhi, o líder pacifista eprincipal personalidade da Independência da Índia. Quem ensinou a não violência como ele o fez? Quem, depois deleliderou uma marcha para o mar, por mais de 320 quilômetros paraprotestar contra um imposto? Quem conseguiu a independência de um país da forma que ele o fez? E que se falar de Martin Luther King Junior? Depois dele, alguémteve um sonho que custasse a própria vida? Um sonho em que os filhos de antigos escravos e os filhos de antigosproprietários de escravos se sentassem à mesa da fraternidade. Um sonho de que os homens não fossem julgados pela cor da sua pele,mas pela qualidade do seu caráter. Ele morreu em 1968. Quem o substituiu? Quem substituiu Madre Teresa de Calcutá, com seu amor, seu bomsenso, sua capacidade de entender a necessitada alma humana? Quem substituirá o colo de mãe ao filho pequeno? Quem poderá substituir o abraço da amada que partiu, do filho, doesposo que realizou a grande viagem? Tudo isso nos leva a pensar que cada pessoa tem um talento especial,uma forma de ser particular e, com isso, marca sua passagem por ondepassa. Outros virão e tomarão seu lugar, realizarão suas tarefas,dispensarão amor, farão discursos importantes, mas ninguém comoela mesma. Um órfão encontrará amparo e ternura em amorosos braços, o esposopoderá tornar a se casar mas nunca será uma substituição. A outra pessoa tem outros valores, outros talentos, outra forma deser. Pensemos, pois, que, de verdade, cada um de nós onde está, com quemestá, é insubstituível. O que cada um de nós realiza, a ternura que oferece, a amizade quedispensa, o carinho que exprime é único. Isso porque somos Criação Divina inigualável. Criados à imagem e semelhança do Criador, com nuances especiais,conquistadas ao longo das eras e que se expressam no sentir, no agir,no falar. Pensemos nisso e, em nossa vida, valorizemos mais as qualidades dosamigos, familiares, colegas, conhecidos, tendo em mente que cada umdeles é insubstituível. E valorizemo-nos porque também somos insubstituíveis no coraçãodas pessoas e no mundo. Redação do Momento Espírita. Em 22.03.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-25232877897249533422010-06-11T19:15:00.001-07:002010-06-11T19:15:21.421-07:00TarefasAs grandes almas, às vezes, renascem para desempenhar na Terramissões gloriosas. Seus feitos encantam e servem de inspiração para todos. Semeiam a paz e amparam os desgraçados, em larga escala. Contudo, por imperfeito que ainda se apresente, todo homem tem umafunção pessoal e intransferível nas engrenagens do mundo. Assim, não se afirme à margem da vida e nem se considere inútil. Também evite alegar impedimento para desertar da atividade que avida lhe reservou. Antes de protestar sua pouca importância, repare nas lições quevertem, silenciosas, do livro da natureza. Imagine se os vermes parassem de trabalhar, por se reconhecereminsignificantes. O solo ficaria ressecado e perderia a fecundidade, tornando-seincapaz de solucionar os problemas humanos. Cogite se as sementes invejassem a posição das árvores maduras egenerosas que lhes presidem a espécie. Caso elas desistissem de seu esforço obscuro na germinação e nocrescimento, em pouco tempo a esterilidade anularia os recursos daterra. Suponha que as papoulas deixassem de produzir em atitude de revoltacontra aqueles que lhes deturpam a essência nos mercados do ópio. Deixaria de haver alívio para as dores de incontáveis enfermosdesesperados. Pense se as fontes singelas fugissem de sustentar os grandes rios eas formidáveis represas, a pretexto de serem humildes em excesso. Haveria prejuízo geral, com falta de preciosa energia com que ahumanidade conta. Com a mente nessas lúdicas imagens, reflita seriamente sobre a suaposição no mundo. Honre o posto de ação em que foi localizado, por singelo que elelhe pareça. Diante da Lei Divina, não há ocupação útil aviltante. As mãos que assinam decretos não vivem sem aquelas outras quepreparam a mesa. Os braços que conduzem arados são apoios dos que movem máquinaspoderosas. O suor na indústria verte para sustento e conforto de todos. O asseio na rua é proteção à comunidade. Por gloriosa que pareça a posição de determinado homem, elenecessita do apoio de incontáveis outros, mais humildes. O bem é sempre resultado do esforço geral. O relevante é saber se tornar útil, com os recursos que se possui. Não compensa invejar as facilidades alheias e com isso tombar naociosidade. Por pequenos que pareçam seus talentos, movimente-os no bem. Se suas tarefas se afiguram singelas, honre-as ainda assim. Não se ocupe em colecionar rótulos passageiros, sem utilizaçãoproveitosa e digna. Também não se atrapalhe ao assumir muitos compromissos ao mesmotempo. Importa, acima de tudo, fazer bem o que se deve fazer. Pense nisso. Redação do Momento Espírita, com base no cap. LXXVIII do livro Justiça Divina, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb. Em 24.03.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-72865595835799938102010-06-11T19:14:00.003-07:002010-06-11T19:14:50.263-07:00Um homem bomEm O Evangelho segundo o Espiritismo encontramos a informação deque os homens de bem ignoram que são virtuosos. Eles deixam-se ir ao sabor de suas aspirações e praticam o bem comdesinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmos. Pessoas assim existem muitas espalhadas por esse imenso mundo deDeus. Em todas as épocas, em todas as nações. Longe, muito longe. E bem perto de nós. Por isso, prestemosatenção para não perdermos a chance de nos mirarmos em seuexemplo. Assim era com Hans. Um pintor de paredes no século XX. Um homemsimples que morava numa rua pobre, perto de Munique, na Alemanha. Ele fora convocado para a Primeira Guerra Mundial. E voltara paracasa, ileso. Agora, a Segunda Guerra Mundial batia às portas e apertava o cerco acada dia. Como uma megera que avançasse, penosamente se movimentando,entre as brumas do medo e da insegurança. Quando a perseguição aos judeus se estabeleceu, ele perdeu muitosclientes. Afinal, os judeus tinham posses e, até há pouco, eramseus melhores clientes. Agora, eles eram os indesejados sobre a face da Terra. Ao menosnaquele pedaço de terra governado pela loucura daqueles dias. Então, veio o aviso de que as bombas estavam chegando sempre maispróximas. Havia quem não acreditasse que aquela cidadezinha dosarredores de Munique pudesse constituir um alvo. Mas os abrigos foram marcados e as janelas tinham que passar peloprocesso de escurecimento para as horas noturnas. Para Hans, foi uma oportunidade de trabalho. As pessoas tinhamvenezianas que precisavam ser pintadas. De preto. Verdade que a tinta logo se esgotou. Mas ele pegou pó de carvão efoi misturando. Foram muitas as casas de todas as regiões deMolching das quais ele confiscou dos olhos inimigos a luz dasjanelas. Muitas vezes, na volta para casa, mulheres que nada tinham além defilhos e miséria, corriam para ele e imploravam que pintasse suasjanelas. Ele poderia sugerir que elas utilizassem cobertores para pendurar nasjanelas. No entanto, sabia que eles seriam necessários quando chegasse oinverno. Desculpe, não me sobrou tinta preta. – Dizia ele. Amanhã bemcedo. – Marcava. E lá estava ele, na manhã seguinte, pintando as tais janelas. Pornada. Ou por um biscoito e uma xícara de chá quente. Por vezes, uma conversa, no degrau da frente desta ou daquela casa. Eo riso se erguia da conversa, antes de partir para o trabalhoseguinte. Um homem bom. Pobre, servia a quem mais pobre fosse. E servia comalegria. A bondade é assim: espalha a sua graça, deixa as suas benesses,enquanto o doador segue adiante, para continuar a distribuí-la amãos cheias. Redação do Momento Espírita, com base no item 8 do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb e na pt. 7 do livro A menina que roubava livros, de Markus Zusak, ed. Intrínseca. Em 26.03.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-42620524204160392312010-06-11T19:14:00.001-07:002010-06-11T19:14:22.826-07:00Maturidade espiritualDurante a infância, o ser humano experiencia a fase do egocentrismo.Acredita que o mundo gira em torno dele próprio. A criança espera que tudo seja do jeito que gosta. Acredita ter direito ao melhor presente, à comida preferida e exigea atenção da família toda para si. É possível estabelecer uma comparação entre essa fase natural daevolução física e a evolução espiritual. Afinal, homens são Espíritos que temporariamente vestem um corpo decarne. Enquanto um homem tem a atenção focada em seus prazeres enecessidades, ele está na infância espiritual. Por mais antigo que seja, ainda não atingiu a maturidade. Considera absolutamente necessário defender seu espaço e fazervaler suas prerrogativas. Como uma criança, entende ser justo o que o beneficia. Assim é o discurso infantil a respeito da justiça. Qualquer pequeno dever é injusto. A mínima contrariedade representa opressão. Já as vantagens todas, por grandes que sejam, são naturais. A maturidade espiritual revela-se por uma diferente compreensão dojusto. O olhar já não está todo em vantagens e desejos. Não há mais a percepção de que o mundo precisa atender todas assuas necessidades. Gradualmente, o homem compreende que o direito nasce do dever bemcumprido. Ele também entende que a vida em sociedade pressupõe renúncia. Não é possível que todos realizem as próprias fantasias. Se isso ocorresse, haveria o caos. Há necessidade de limites e de concessões para a harmonia social. O homem maduro aprende a prestar atenção nos direitos dos outros,pois o ideal do justo já despertou nele. Sabe que a justiça é uma arte que implica dar a cada um aquilo queé seu. Por isso, não avança no patrimônio do semelhante. Não quer vantagens inapropriadas e nem aceita privilégios que osdemais não podem ter. Compreende que a família do próximo é tão respeitável quanto adele. Sabe que o patrimônio público é sagrado, pois voltado aoatendimento das necessidades coletivas. Respeita profundamente a honra e as construções afetivas dosoutros. Seu senso ético não lhe permite baixezas, razão pela qual tambémtem a própria honra em grande conta. O espetáculo das misérias humanas revela o quanto ainda sãoimaturas as criaturas, sob o prisma espiritual. Entretanto, todas serão conduzidas à maturidade, pelos meiosinfalíveis de que a vida dispõe. Cedo ou tarde, compreenderão quão pouco adianta amealhar bens eposições à custa da própria dignidade. Quem se permite baixezas tem um despertar terrível, após a morte docorpo. Assimila que, na cata de vantagens, se tornou um mendigo naverdadeira vida. Percebe que sacrificou o permanente pelo transitório e perdeu tempo,pois terá de recomeçar o aprendizado. Pense nisso. Redação do Momento Espírita. Em 30.03.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-27485426513818228302010-06-11T19:13:00.001-07:002010-06-11T19:13:30.380-07:00Vida religiosaReligião significa religamento, religar, reunir a alma ao seuCriador. Esse é o sentido de religião que vem do latim religare. A vida religiosa decorre desse sentimento religioso. Dessa forma, não somos religiosos porque frequentamos um temploreligioso ou porque tenhamos um rótulo de religião. Tampouco porque pratiquemos esse ou aquele ritual no campo dacrença. Somos religiosos pelo estilo de vida que levamos na Terra. Por isso, muito importante verificar como é a nossa vida religiosa. Será que a nossa religião nos leva a vivenciar no dia-a-dia, nocotidiano, as coisas mais importantes para a nossa vida na Terra? A vivência religiosa é um modus operandi, é um modo de ser dianteda existência. Existem indivíduos que se afirmam materialistas, ateístas mas vivemcom determinada dignidade, numa linha de respeito ao semelhante, deamor ao próximo, de respeito às leis que, certamente, podemosgarantir que eles têm uma vida religiosa de alto nível. São materialistas mas não usurpam nada de ninguém. São incapazesde tripudiar sobre a ignorância ou a necessidade alheia. Isso quer dizer que vivência religiosa, em essência, nada tem a vercom o ritual externo que chamamos de crença. Essa vivência, para ser realmente religiosa, tem que se desenvolverde tal modo que nos conduza à religação com Deus, à ligação denovo com o Criador. Deve nos levar à maturidade. Exige de nós reflexão e essareflexão vai nos ajudando no processo do amadurecimento a fim de quesejamos, na condição de religiosos, pessoas alegres. Alegria não significa viver sorrindo o tempo todo. Alegria é esseestado íntimo de saber-se representante do bem, de admitir que estáfazendo aquilo para o que renasceu, cumprindo a vontade de Deus nomundo. Cada vez que saímos de casa para trabalhar com disposição, comcoragem - isso é motivo de alegria. Quando levantamos pela manhã e beijamos nossos filhos, nosdespedimos dos esposos - isso é motivo de alegria. A vida religiosa deixa de ser a vida do templo e passa a ser a vidana vida, a nossa incorporação às Leis de Deus, nosso ajustamentoà vida da sociedade, cumprindo as leis, cumprindo os nossos deveres,pagando nossos impostos, na certeza de que a religião existe para nosensinar a viver no mundo. A nossa vivência na Terra é um desafio e a vivência religiosa nosleva a ser pessoas dinâmicas, joviais, mas compenetradas. Ao lado da nossa alegria, do nosso esporte, do nosso lazer, da nossaarte, sabermos que o que façamos vai alcançar outros corações,vai fermentar em outras almas, vai germinar em outros territóriosemocionais. Então, temos responsabilidades com tudo quanto dizemos, fazemos,brincamos, sorrimos, com tudo quanto cantamos, com tudo quantogozamos. A vida religiosa é esse mundo interno que abrimos para o mundoexterno. Lembremos Jesus Cristo que estabeleceu que a boca fala daquilo queestá cheio o coração. Pensemos nisso. Redação do Momento Espírita, com base no Programa televisivo Vida e valores - Vida religiosa, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Em 01.04.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-77147161999591581432010-06-11T19:12:00.001-07:002010-06-11T19:12:44.254-07:00Paciência antes da criseO homem moderno tem urgente necessidade de cultivar a paciência, nacondição de medicamento preventivo contra inúmeros males que oespreitam. De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que seencontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estadosneuróticos e agressivos ou a depressões que o aniquilam. A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situaçõesmais difíceis sem perder o equilíbrio. A paciência é uma virtude que deve ser cultivada e cuja forçasomente pode ser medida, quando submetida ao teste que a desafia, emforma de problema. O atropelo do trânsito; a agitação geral; a competiçãodesenfreada; o desrespeito aos espaços individuais; a compressãodas horas... Além disso, as limitações financeiras; os conflitos emocionais; asfrustrações e outros fatores decorrentes do modo de vida ditomoderno e do relacionamento social, levam o homem a desequilíbriosque a paciência pode evitar. Exercitando-a nas pequenas ocorrências, sem permitir-se airritação ou o agastamento, adquirirá força e enfrentará comêxito as situações mais graves. Todas as criaturas em trânsito pelo mundo são vítimas de ciladasintencionais ou não. Manter-se atento e saber enfrentá-las com cuidado é a única formade superá-las com êxito. * * * Se te sentes provocado pelos insultos que te dirigem, atua comserenidade e segue adiante. Se erraste em alguma situação que te surpreendeu, retorna ao pontoinicial e corrige o equívoco. Se te sentes injustiçado, reexamina o motivo e disputa a honra denão desanimar. Se a agressão de alguma forma te ofende, guarda a calma e a verásdesmoronar-se. A convivência com as criaturas é o grande desafio da evoluçãoporque resulta, de um lado, da situação moral deles, e de outro, doseu estado emocional. O amor ao próximo, no entanto, só é legítimo quando não sedesgasta nem se converte em motivo de censura ou queixa, em relaçãoàs pessoas com quem se convive. É fácil amar e respeitar aqueles que vivem fisicamente distantes. O verdadeiro amor é o que se relaciona sempre bem com as demaiscriaturas. * * * Você já se propôs ser mais paciente? Já colocou isso como meta navida alguma vez? É importante ter metas claras. É importante dizer a si mesmo: Estoumais paciente agora. Não vou deixar que isto ou aquilo me abale comfacilidade. Começamos assim um processo de autopreservação, deautomonitoramento e, toda vez que uma situação crítica seapresentar, poderemos voltar a dizer: Não vou deixar que isto metire do sério. Cada um poderá desenvolver seu método, sua forma de atuar, porém aessência deste trabalho está em começar já, imediatamente. Quem antes inicia, antes colhe os benefícios. Redação do Momento Espírita com base no cap. 10, do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 06.04.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4181695446137527528.post-60044947794929301342010-06-11T19:11:00.003-07:002010-06-11T19:11:56.402-07:00A fé e o deverA fé em Deus é imensamente comum. Embora sob distintas denominações e formas, a imensa maioria doshomens afirma crer na Divindade. Contudo, seu agir e seu sentir nem sempre espelham essa crença. Deus é a Suprema e Soberana Inteligência, ilimitado em Seus poderese virtudes. Ele é infinitamente poderoso, sábio, justo e bondoso. Saber que a Divindade está no controle de tudo possui o condão demodificar a percepção de prioridades das criaturas. Como a Justiça Divina é perfeita e impera no Universo, cada qualvive o que necessita e merece. Assim, não é necessário passar a existência na intransigentedefesa do próprio espaço. Sem dúvida, não é viável ser ingênuo ou preguiçoso e deixar decuidar de si. Apenas não é necessário angustiar-se pelas contingências da vida. Quem crê em Deus tem condições de desenvolver tranquilidadeinterior. Afinal, é convicto de que o Soberano Poder impõe ordem no Universo. Deposita fé na Bondade e na Justiça Divinas e sabe que sem apermissão Celeste nada ocorre. Justamente por isso, a atenção do crente deixa de estar em seusdireitos para residir em seus deveres. Por saber que o mérito preside os destinos das criaturas, cuida deser o melhor possível. Tem fé no futuro, razão pela qual coloca os bens espirituais acimados materiais. Sabe que as vicissitudes da vida são provas ou expiações e asaceita sem murmurar. Possuído do ideal da fraternidade, faz o bem sem esperarrecompensas. Encontra satisfação em ser útil e bondoso, em fazer ditosos osoutros. É benevolente para com todos, independentemente de credo, cor ouraça, pois sabe que todos os homens são filhos de Deus e seusirmãos. Respeita as convicções sinceras dos semelhantes e não condena quempensa diferente. Quando ofendido, procura perdoar por compreender as dificuldades dosirmãos de jornada. Jamais se vinga, ciente de que toda justiça repousa nas mãos doCriador. É indulgente para as fraquezas alheias, por saber que tambémnecessita de indulgência. Não se ocupa dos defeitos alheios, mas dos seus. Estuda as próprias imperfeições, a fim de se melhorar. Consciente do olhar de Deus sobre si, cuida de ser digno em todos osmomentos de sua vida, mesmo os mais íntimos. Usa, mas não abusa, de seus bens, por ser consciente de que sãoapenas empréstimo da Divindade. Utiliza seu tempo livre em atividades úteis, fazendo-se um agente doprogresso no mundo. Talvez esses deveres pareçam excessivos, mas não representam umpeso para quem realmente acredita em Deus. Constituem consequência natural da certeza da existência de um EnteSuperior, pleno de Bondade, Justiça e Poder. Pense nisso. Redação do Momento Espírita, com base no item 3 do cap. XVII do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. Feb. Em 07.04.2010.Jessica Richerthttp://www.blogger.com/profile/04721603961339229774noreply@blogger.com0